Dentro da programação
do “Setembro Amarelo”, campanha
mundial de conscientização sobre a prevenção do suicídio e valorização da vida,
médicos das nove Unidades Básicas
de Saúde (UBSs) de Ibiporã participaram na quinta-feira (12), no Centro de
Saúde Doutor Eugênio Dal Molin, de uma capacitação sobre saúde mental.
Conduzida pela psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Maria
Cristina Pandolfo, a qualificação abordou o manejo em saúde mental na Atenção
Primária em Saúde; diagnóstico dos transtornos psiquiátricos mais comuns
(depressão, ansiedade, transtorno bipolar), condutas e medicações receitadas, e
suicídio (fatores de risco, sinais de alerta, abordagem humanizada), entre
outros assuntos.
Nesta quarta-feira (18) profissionais de
saúde de Ibiporã participam de um evento regional em Rolândia, promovido pela
17ª Regional de Saúde de Londrina, com servidores da Atenção Primária e
Especializada para prevenção do suicídio. “Dados apontam que mais de 90% dos
casos de morte por auto extermínio estavam associados a transtornos mentais, ou
seja, poderiam ter sido evitados. Por isso a importância de mobilizações como o
“Setembro Amarelo”, cujo objetivo é trazer uma discussão maior sobre o tema e,
principalmente, promover a capacitação, conscientização e sensibilização de
profissionais que atuam nos serviços de saúde pública para que estejam aptos a
reconhecer os fatores de risco para o suicídio”, argumenta a coordenadora de
Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Anna Lucia de Azevedo.
De acordo com a OMS, cerca de 800 mil
pessoas se suicidam por ano em todo mundo. No Brasil, pesquisa do Ministério da
Saúde, de 2016, aponta 11.433 mortes por suicídio. A cada 40 segundos, uma
pessoa morre por suicídio no mundo. No que se refere às tentativas de suicídio,
o número é ainda mais assustador: uma pessoa atenta contra a própria vida a
cada três segundos.
Dados preliminares de 2018 registram
893 casos de suicídio no Paraná em 2018; 728 pessoas do sexo masculino e 165 do
feminino. Em 2017 foram 773 casos confirmados; em 2016 foram 762 e, em 2015,
715 mortes por suicídio. O levantamento no Estado mostra que o suicídio prevalece no sexo
masculino, nas faixa etárias entre 40 a 49 anos, 30 a 39 anos e 20 a 29 anos de
idade.
A grande maioria dos casos de óbito por
suicídio está relacionada a transtornos mentais, em sua maioria não
diagnosticados, tratados de forma inadequada ou não tratados de maneira alguma.
Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de
substâncias.