O Setor de Endemias
da Secretaria Municipal de Saúde começou a utilizar um novo inseticida, chamado
Cielo-ULV, nas ações de combate ao Aedes
aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Nesta
segunda-feira (20), os agentes de endemias começaram a aplicação com a bomba
costal no Jardim John Kennedy. Nesta quarta e quinta-feira (22 e 23), a ação
ocorre na região sul de Ibiporã, nos bairros Jamil Sacca, Miguel
Petri, Afonso Sarábia, Kaluana, Azaléia e Agenor Barduco. Estes bairros foram
os primeiros a serem escolhidos por concentrarem uma grande quantidade de casos
da doença.
Segundo o coordenador de Endemias,
Aldemar Galassi, a 17ª Regional de Saúde entregou 80 litros do veneno para
Ibiporã. “Estamos em contato permanente com a regional para o envio de mais
inseticida. A intenção é aplica-lo em toda a cidade, visto que há registros da
doença em todas as regiões”, afirma Galassi. O novo inseticida é composto por
imidacloprido (neonicotinóide) e praletrina (piretróide). Os princípios ativos
são diferentes do malathion, que vinha sido anteriormente utilizado, pois vem
pronto para uso em Ultra Baixo Volume (UBV). Conforme o coordenador de
Endemias, a 17ª ainda não liberou o fumacê.
A recomendação aos moradores é
que deixem portas e janelas das residências abertas para que o inseticida tenha
mais eficácia. É importante tampar bem os alimentos e as vasilhas dos animais
domésticos.
Galassi alerta que o Cielo é
um reforço nas estratégias de prevenção e combate à dengue, mas não substitui a
necessidade de eliminação dos criadouros do mosquito, visto que o veneno
elimina apenas a forma alada do Aedes.
“Quase 100% dos focos estão nos domicílios, em áreas internas e externas, e por
isso a importância da participação da população neste combate. Mesmo com as
temperaturas mais amenas e sem chuvas não dá para relaxar, pois os ovos do
mosquito sobrevivem até um ano e meio na natureza. Por isso, o cuidado
constante com a limpeza do quintal, eliminando os materiais recicláveis e de
objetos que acumulam água”, orienta o servidor.
As visitas domiciliares dos
agentes de combate às endemias – que estavam temporariamente suspensas como
medida de prevenção ao novo coronavírus – serão retomadas a partir desta
quinta-feira (23). “Vamos reforçar os protocolos de higiene, com a utilização
de máscaras de barreira, álcool em gel 70%, distanciamento dos moradores. Não
haverá a assinatura das fichas de visitas que ficam dentro dos domicílios”,
informa Galassi.
Novo
coronavírus
A Secretaria da Saúde do
Paraná enfatiza que em meio à pandemia da Covid-19, os cidadãos devem redobrar
os cuidados com a dengue, pois no caso de uma coinfecção, ou seja, pessoas
acometidas pelas duas doenças, podem ter a saúde comprometida. “A dengue não
pode ser renegada em função do coronavírus; o mosquito transmissor da dengue
continua se proliferando, as pessoas estão se infectando e morrendo e tudo
diante de um quadro que pode ser minimizado com a eliminação dos focos”,
comenta o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.
Epidemia
Ibiporã está vivendo a maior epidemia de dengue de sua
história - são 2.354 casos confirmados desde o final de julho de 2019 até dia
13 de abril de 2020, quando foi divulgado o último boletim. Assim, no período 2019/2020, a incidência de
casos, até o momento, é de 4496,14/100.000 habitantes. A epidemia é confirmada depois que a cidade aponta, proporcionalmente,
mais de 300 casos por 100 mil habitantes.
Sintomas
A orientação da Secretaria
Municipal de Saúde é que aos primeiros sintomas de dengue (febre alta, dores
articulares, musculares e de cabeça, manchas avermelhadas na pele e
indisposição), e Chikungunya (febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo
corpo e muita dor nas juntas) a pessoa se dirija à Unidade Básica de Saúde
(UBS) mais próxima de sua residência para que o diagnóstico inicial e a
notificação sejam feitos. Normalmente, os sinais de alarme ocorrem entre o
terceiro e quinto dia, esse é o chamado período crítico para dengue. Tratado
com hidratação e medicação sintomática corretamente, a maioria dos casos evolui
para cura.
Previna-se!
Garrafas PET e de vidro: As garrafas devem ser embaladas e
descartadas corretamente na lixeira, em local coberto ou de boca para baixo;
Lajes: Não deixe água acumular nas lajes.
Mantenha-as sempre secas;
Ralos: Tampe os ralos com telas ou mantenha-os
vedados, principalmente os que estão fora de uso;
Vasos sanitários: Deixe a tampa sempre fechada ou vede com
plástico;
Piscinas: Mantenha a piscina sempre limpa. Use cloro
para tratar a água e o filtro periodicamente;
Coletor de água da geladeira e
ar-condicionado: Atrás
da geladeira existe um coletor de água. Lave-o uma vez por semana, assim como
as bandejas do ar-condicionado;
Calhas: Limpe e nivele. Mantenha-as sempre sem folhas
e materiais que possam impedir a passagem da água;
Cacos de vidros nos muros: Vede com cimento ou quebre todos os
cacos que possam acumular água;
Baldes e vasos de plantas vazios: Guarde-os em local coberto, com a boca
para baixo;
Plantas que acumulam água: Evite ter bromélias e outras plantas
que acumulam água, ou retire semanalmente a água das folhas;
Suporte de garrafão de água mineral: Lave-o sempre quando fizer a troca.
Mantenha vedado quando não estiver em uso;
Falhas nos rebocos: Conserte e nivele toda
imperfeição em pisos e locais que possam acumular água;
Caixas de água, cisternas e poços: Mantenha-os fechados e vedados.
Tampe com tela aqueles que não têm tampa própria;
Tonéis e depósitos de água: Mantenha-os vedados. Os que não
têm tampa devem ser escovados e cobertos com tela;
Objetos que acumulam água: Coloque num saco plástico, feche
bem e jogue corretamente no lixo;
Vasilhas para animais: Os potes com água para animais
devem ser muito bem lavados com água corrente e sabão no mínimo duas vezes por
semana;
Pratinhos de vasos de plantas: Mantenha-os limpos e coloque
areia até a borda;
Objetos d’água decorativos: Mantenha-os sempre limpos com
água tratada com cloro ou encha-os com areia. Crie peixes, pois eles se
alimentam das larvas do mosquito;
Lixo, entulho e pneus velhos: Entulho e lixo devem ser descartados
corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou faça furos para não acumular
água;
Lixeira dentro e fora de casa: Mantenha a lixeira tampada e
protegida da chuva. Feche bem o saco plástico