Ibiporã
imunizou 94,78% do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite,
formado por crianças com mais de um ano a menores de cinco. O município quase
atingiu a meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. Segundo a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal
da Saúde (SMS), foram realizadas 2.508 doses da vacina até o dia 18 de
dezembro, data final da campanha iniciada em 28 de setembro no Paraná. O
objetivo era imunizar 2.646 crianças. A campanha chegou a ser prorrogada duas
vezes.
A faixa etária que atingiu a maior cobertura vacinal foi a
de quatro anos - 109,62%. Já as crianças de um ano foram as menos imunizadas –
74,47%. As doses estiveram disponíveis gratuitamente em todas as Unidades
Básicas de Saúde, sem a necessidade de agendamento. Para facilitar o acesso da
população à vacina e evitar a transmissão da Covid-19, a Secretaria de Saúde
promoveu em alguns sábados o “Dia D”, com algumas UBS abertas apenas para
atualização da carteira de vacinação e imunização em sistema drive thru no Centro
de Saúde.
A
poliomielite é uma infecção contagiosa causada pelo poliovírus selvagem, que
pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. Essa doença está
erradicada no Brasil desde 1994, porém, ainda existe a presença do vírus que
transmite a doença em outros países, como o Paquistão e o Afeganistão. A
vacinação é a única forma efetiva de prevenção, por isso é importante a
conscientização da população e a vigilância constante dos profissionais da
saúde.
O
Paraná não registra casos de poliomielite desde 1986. Neste momento, o Estado
possui 14 notificações para paralisias flácidas agudas e, por esse
motivo, as equipes de saúde permanecem em constante vigilância à notificação
desses casos, que são importantes indicativos epidemiológicos. O objetivo da
campanha foi reforçar a importância da prevenção, a facilidade ao acesso das
vacinas e reduzir o risco de reintrodução do poliovírus no país.
A
vacina contra a pólio faz parte do Calendário Nacional de Imunização e está
incluída na rotina dos postos de saúde. O imunizante deve
ser administrado aos 2 meses (1ª dose), 4 meses (2ª dose) e 6 meses (3ª dose).
Estão previstas ainda doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Multivacinação
Além da campanha de vacinação contra a
poliomielite, ocorreu neste período a Campanha de Multivacinação, cujo objetivo
foi atualizar a caderneta de vacinação da criança e do adolescente menor de 15
anos de idade. Foram ofertadas 14 vacinas: BCG que previne as formas graves de
tuberculose, a Pentavalente que protege contra a difteria, tétano,
coqueluche, hepatite B e influenza B, Rotavírus Humano contra a diarreia,
Pneumocócica 10 contra a pneumonia meningite e otite, Meningocócica C e
ACWY que previne contra meningites, Tríplice Viral contra sarampo, caxumba e
rubéola, vacina contra a varicela, vacina HPV que previne alguns tipos de câncer
em jovens, vacinas da Hepatite A e Hepatite B e ainda a vacina contra a
Febre Amarela.
Sarampo
Também se
encerrou no dia 18 de dezembro a campanha de vacinação contra o sarampo para a
faixa etária de 20 a 49 anos. A dose de reforço da vacina foi uma estratégia do
Ministério da Saúde para interromper a transmissão e eliminar a circulação do
vírus no Brasil.
Conforme a
Vigilância Epidemiológica, das 22.600 pessoas que precisavam ser imunizadas,
apenas 3.352 receberam a dose – 14,83% da meta. “Observamos, em 2019,
no Paraná, a reinserção do sarampo, doença perigosa e altamente contagiosa que
pode levar ao óbito. E o retorno dessa doença, que estava erradicada no país,
se deve exatamente pela baixa cobertura vacinal.
Para que a população esteja protegida da doença, a cobertura tem que se ser na
faixa dos 90%. A vacina é a única forma de se evitar o sarampo. Neste momento
de pandemia, na qual precisamos evitar infecções e novas internações,
reforçamos a importância da vacinação”, enfatiza a coordenadora da Vigilância
Epidemiológica, Vanessa Luquini.
A vacina contra
o sarampo integra o Calendário Nacional de Imunização e está incluída na rotina
dos postos de saúde. Em Ibiporã, é encontrada gratuitamente em todas as UBSs. Para
se imunizar, basta levar a carteira de vacinação, caso a tenha, e um documento
de identificação com foto. Não é necessário agendar.
Quem
deve se vacinar contra o sarampo?
Adulto
deve se vacinar contra o sarampo?
Tomou
apenas uma dose até os 29 anos de idade:
Não
tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não se lembra?
Grávidas
podem tomar a vacina contra o sarampo?
A vacina é
contraindicada durante a gestação pois são produzidas com o vírus do
sarampo vivo, apesar de atenuado. A gestação tende a diminuir a imunidade da
mulher, o que deixa o sistema imunológico mais vulnerável e, por isso, a vacina
pode desenvolver a doença ou complicações.
O recomendado pelo
Ministério da Saúde é que a mulher que faça planos de engravidar tome todas as
doses da vacina antes, podendo esta ser a tríplice ou a tetra viral, e mantenha
toda a rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação atualizada, para se
proteger e proteger o bebê.