A Prefeitura de Ibiporã, através da Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Sanitária, instalou no município oito pontos estratégicos para informações e coleta do bicho barbeiro, inseto hospedeiro do protozoário Tripanossoma Cruzy, transmissor da doença de Chagas.

   Os pontos estratégicos são as Capelas do Guarani, Três Figueiras, Engenho de Ferro, São Pedro, além das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Taquara do Reino, Jardim Kennedy, San Rafael e na própria Vigilância Sanitária (na Avenida 19 de Dezembro, 72).

   Nas situações em que o hospedeiro for localizado, o cidadão pode capturá-lo e num recipiente encaminhá-lo aos locais citados, informando onde foi a captura. O objetivo é catalogar as espécies no Setor de Entomologia da 17ª Regional de Saúde e realizar exames laboratoriais. 

   Junto ao trabalho de conscientização, a Vigilância Sanitária está atualizando o cadastro das propriedades, coletando dados referentes a Chagas e dando maior certificação ao trabalho. As últimas informações são de 1993 e a pesquisa incide na observação da quantidade de residências na propriedade, número de habitantes e condições sociais.

   Além da Vigilância Sanitária, as residências serão visitadas pelo PSF (Programa Saúde da Família) e haverá nos pontos estratégicos reuniões para mais esclarecimentos.

   De acordo com Antônio Luiz Marcelino, da Vigilância Sanitária, esta é uma campanha de saúde pública de responsabilidade do Município.

   Ele lembra que os sintomas da doença podem variar durante o curso da infecção, sendo a fase aguda, demonstrada pelo inchaço nos locais da infecção. À medida que a doença progride, os sintomas tornam-se crônicos e graves, tais como doença cardíaca e de intestino. Se não tratada, a doença é fatal. “Grande parte dos casos são diagnosticados no estado avançado e a transmissão ocorre através da picada, pouco indolor”, informa Marcelino.

 A campanha visa o bem-estar da população rural e procura colocar em prática atividades de prevenção ligadas à saúde pública, que estavam paralisadas desde a década de 90. “A qualidade de vida melhorou, mas ainda há focos do barbeiro”, ressalva.

   O barbeiro é um inseto que se alimenta de sangue, seja humano, ou de outras espécies. Para isso, ele se aloja em galinheiros, paiol, embaixo do colchão, chiqueiros ou madeiramentos que possam ter ratos.