A imagem jubilar de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, foi acolhida nesta segunda-feira (12), dia de Nossa Senhora e Guadalupe, pelo prefeito José Maria Ferreira, a primeira-dama e presidente de honra da Associação de Proteção à Maternidade, Infância e Família (APMIF), Eliana Eik Borges Ferreira, secretários e servidores na sede da Prefeitura Municipal de Ibiporã. Desde o início do ano a imagem peregrina está percorrrendo  as 82 paróquias dos 15 municípios da Arquidiocese de Londrina. A visita precede as comemorações dos 300 anos do encontro de sua imagem no rio Paraíba do Sul, em 2017.

A imagem foi recebida com fogos de artifício, rezas e cânticos. Acompanhado do diácono Jaime Sípoli, o padre André Luis de Oliveira, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Paz, realizou uma pequena celebração, abençoou a Casa e os presentes e ressaltou que as comemorações pelo tricentenário são uma grande ação de graças. "A imagem de Nossa Senhora Aparecida tem percorrido cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus. Por isso, peço a vocês, servidores, que atendem as necessidades dos munícipes, especialmente os mais humildes, da melhor forma possível", solicitou padre André.

O prefeito José Maria ressaltou que este era um momento de grande alegria e honra receber a imagem peregrina de Nossa Senhora. "Sou devoto de Nossa Senhora, inclusive tenho uma imagem dela protegendo o meu gabinete. Nestes últimos oito anos trabalhamos diariamente na melhoria da qualidade de vida de nossa população, especialmente os mais pobres, e pedimos proteção e bênçãos de Nossa Senhora Aparecida para nossa cidade", disse José Maria.

A réplica de Nossa Senhora chegou a Ibiporã no último sábado (10) e foi acolhida com missa e carreata seguida por um grande número de fiéis. A imagem ficará na Paróquia Nossa Senhora da Paz até sábado (17), e depois para a Paróquia Nossa Senhora das Graças, no Jardim Kaluana, e posteriormente para as Paróquias Bom Pastor, no Jardim Lindóia, em Londrina, e na Paróquia Santo Antônio, no distrito da Warta.  

História do aparecimento da imagem de Nossa Senhora Aparecida

 Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma: a história registrada pelos padres José Alves Vilela, em 1743, e João de Morais e Aguiar, em 1757, cujos documentos se encontram no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá.

Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica.

O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde.  Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus.

Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu.  Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente,  em vez de peixes, apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria, sem a cabeça.  Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço.  Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la.  A partir daquele momento, os três pescadores apanharam tantos peixes que se viram forçados a retornar ao porto, uma vez que o volume da pesca ameaçava afundar as embarcações.  Esta foi a primeira intercessão atribuída à santa.