A cada hora, 503 mulheres sofreram algum tipo de agressão física em 2016, segundo pesquisa do instituto Datafolha encomendada pelo Fórum de Segurança Pública. O estudo, divulgado nesta quarta (8), Dia Internacional da Mulher, foi feito com entrevistas presenciais em 130 municípios brasileiros. No total, foram 4,4 milhões de mulheres, 9% da população acima de 16 anos, que relataram ter sido vítimas de socos, chutes, empurrões ou outra forma de violência. 

No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres - a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2015, o Mapa da Violência sobre homicídios entre o público feminino revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875. Do total de feminicídios registrados em 2013, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex. Essas quase 5 mil mortes representam 13 homicídios femininos diários em 2013.

De acordo com o Atlas da Violência 2016, entre 2004 e 2014 o índice de mulheres assassinadas saltou 13,7% no Paraná. Em números absolutos, o estado foi em 2014 o sétimo em número de registros desse tipo - São Paulo (609) e Rio de Janeiro (406) lideram o ranking.

Em 2016, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Ibiporã realizou 42 atendimentos às mulheres vítimas de violência. Somente no primeiro de 2017 já foram 26 casos atendidos.

Embora muitos avanços tenham sidos alcançados com a Lei Maria da Penha, aumentando o rigor das punições por agressões à mulher no ambiente doméstico ou familiar, muitas vítimas ainda sofrem caladas, seja por vergonha, medo ou por não saber a quem pedir ajuda.

Em Ibiporã, a Política Municipal de Assistência Social atua por meio da Proteção Social Especial na qual o Creas, equipamento público  compõe a  rede protetiva no que se refere ao atendimento às mulheres vítimas de violência. Os casos são notificados por meio de ofícios e guia de encaminhamento dos demais serviços da rede de proteção, como saúde, Disque 180, via telefone, bem como demanda espontânea.

Denuncie:

Disque Denúncia: 181

Polícia Militar: 190

Polícia Civil: 197

Ligue 180