Com o objetivo de ampliar as possibilidades de qualificação
de mão de obra e geração de renda e emprego, a Prefeitura Municipal de Ibiporã,
por meio da Secretaria do Trabalho, está prospectando novas parcerias para o
projeto “Ibiporã na Linha do Futuro” tanto na esfera pública como na iniciativa
privada.
Lançado
no início de 2017, o projeto tem o objetivo de promover melhores condições de
geração de trabalho e renda no segmento de confecção industrial por meio da
qualificação e profissionalização de trabalhadores, para atuarem com excelência
no segmento da costura industrial de forma empreendedora, de modo a contribuir
para o desenvolvimento local.
Durante o ano, as costureiras participam de uma capacitação
gratuita, ministrada pelo Senai-Londrina nos níveis Básico, Intermediário e
Avançado. Além da qualificação profissional, em parceria com o Sebrae, o
projeto capacita as participantes sobre empreendedorismo. As que desejam
continuar se aperfeiçoando, o projeto oferece a oportunidade de se trabalhar
por até seis meses em uma incubadora, instalada no Barracão Industrial, para se
capitalizarem a fim de adquirir o próprio maquinário. O objetivo é que as
costureiras se tornem Microempreendedores Individuais (MEIs), formando células
de costura em suas próprias residências para que forneçam os serviços às empresas
parceiras do projeto. Conforme a Secretaria do Trabalho, cerca de 80
costureiras capacitadas pelo projeto estão inseridas no mercado de trabalho,
atuando como empregadas ou abrindo o próprio negócio.
Recentemente
a secretária do Trabalho, Maria Romana, apresentou o projeto na sede do Senai,
em Londrina, para os representantes dos municípios de Cambé, Rolândia, Tamarana
e Londrina. Na semana passada, a prefeita de Primeiro de Maio, Bruna de
Oliveira Casanova, esteve no Centro Tecnológico do Trabalhador de Ibiporã
(CTTI). Recebida pela secretária da pasta e o prefeito João Coloniezi, Bruna visitou
o laboratório de costura, onde são ministradas as aulas do curso de costura
industrial, e o "Barracão Industrial", no Jardim Casagrande, onde
funciona a incubadora de confecção industrial do projeto. “A intenção dos municípios
é a de firmar parcerias com empresas privadas para futura instalação de um polo
capacitador de mão de obra industrial, visando à profissionalização do
trabalhador desse segmento”, explicou Romana.
Já
nesta semana, quem esteve conhecendo o projeto foi a presidente da Associação
Brasileira da Seda (Abraseda) e diretora da Fiação de Seda Bratac S.A, Renata
Amano. Sediada em Londrina, é a única fiação de seda do lado ocidental do planeta e que
exporta mais de 90% da sua produção, principalmente para o Japão e a Europa. A
ideia é que as costureiras do projeto sejam capacitadas para trabalhar com a
seda, matéria-prima sustentável e com alto valor agregado. “Achei o projeto
incrível. A estrutura é muito boa e as alunas do projeto saem daqui com todas
as habilidades requeridas para atuarem com excelência no segmento. Creio que a
relação com o projeto é total, pois seda é sustentabilidade, responsabilidade social,
e, sobretudo, qualidade. No chão de fábrica, 80% de nossa mão de obra é
feminina, devido à sensibilidade delas em trabalhar com produto extremamente
delicado”, revelou Renata.