Saúde

 

Publicado em: 05/12/2018 17:04 | Fonte/Agência: Danilo Pomin e Caroline Vicentini/NCS/PMI

Profissionais de saúde e agentes comunitários participam de capacitação sobre dengue


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Profissionais de saúde e agentes comunitários participam de capacitação sobre dengue Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias durante capacitação

A Prefeitura Municipal de Ibiporã, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu nos dias 28 de novembro e 4 de dezembro, no Centro Tecnológico do Trabalhador de Ibiporã (CTTI) e no Centro de Convivência do Idoso (CCI) – respectivamente –, a capacitação “Dengue: manejo clínico, fluxos e integração entre Vigilância e Atenção Primária”, com palestras expositivas e trabalho em grupo.


No primeiro dia (28), a capacitação destinou-se para médicos, enfermeiros, e técnicos ou auxiliares de enfermagem do serviço de saúde do município. Eles assistiram às palestras “Perfil Epidemiológico e importância do preenchimento correto das fichas de notificação” e Manejo Clínico das Arboviroses – classificação de risco e manejo do paciente”, com o médico da 17ª Regional de Saúde, Flávio Muzzi Sant’Anna; “Endemias: Trabalho da Equipe de Combate à Dengue”, com o coordenador de endemias, Aldemar Galassi; “Exames laboratoriais”, com a bioquímica da 17ª, Juliana Dotti, e “Plano de Contingência da Dengue – 2019 e a implantação de novo fluxograma municipal”, com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Luquini.


Já nesta terça-feira (04), a capacitação envolveu os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os Agentes Comunitários de Endemias (ACE). Participaram cerca de 100 agentes, além de enfermeiros de cada Unidade Básica de Saúde de Ibiporã. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Cristina Luchini, o principal foco da ação foi promover a integração dos agentes. “Reunimos os ACS e os ACE para discutirmos a integração entre a Atenção Primária com a Vigilância em Saúde, tendo foco as arboviroses. Também discutimos a importância em se trabalhar em equipe, já que se trata de um grande número de servidores, os quais têm um vínculo bem grande com a população”, explicou Vanessa.


Em relação ao conteúdo programático, a coordenadora destacou o que foi proposto. “A enfermeira Ana Paula, que é responsável pelos trabalhos de Atenção Primária da Regional Norte, desenvolveu atividades de estudos de casos, que abordavam qual a função do colega, ou seja, os ACS analisavam as atividades dos ACE e vice-versa. O coordenador de endemias, Aldemar Galassi, falou sobre o trabalho de campo realizado e, por fim, eu abordei sobre o Plano de Contingência de 2019, que foi elaborado pelo Município e suas secretarias, onde delimitamos ações que devem ser realizadas caso tenhamos alterações no perfil epidemiológico”, explicou Vanessa.


Segundo Sant’ Anna, é importante manter os profissionais atualizados e sensibilizados sobre o assunto, pois o verão é o período de maior incidência das arboviroses (dengue, zika, chikungunya e febre amarela). “O calor e as chuvas mais intensas tornam-se condições propícias à proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor destas doenças. Tivemos nos últimos anos um período atípico de baixo registro de casos e mortes por estas doenças, visto que as medidas de prevenção e controle foram tomadas. Contudo, a introdução de um novo subtipo de dengue, e a chegada da zika e chikungunya em estados que circundam a região, bem como a manutenção da endemicidade da febre amarela no estado de São Paulo, exigem que os profissionais fiquem atentos para o diagnóstico correto e controle vacinal. Apesar de serem doenças virais, elas não têm um tratamento específico, precisando o corpo reagir. E aí, dependendo das comorbidades, no caso das gestantes também, podemos ter um desfecho ruim se não fizermos um diagnóstico precoce”, alertou o médico.


Segundo o setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, desde o início do ano até agora o município registrou 288 notificações da doença e três casos confirmados.