O município
de Ibiporã está em estado de alerta para a epidemia de dengue. Segundo o setor
de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, desde 29 de julho de 2018
até esta terça-feira (23) foram 751 notificações registradas, totalizando 72
casos confirmados. A incidência da doença na cidade está em 137 casos para cada
100 mil habitantes, colocando o município em estado de alerta para epidemia,
segundo parâmetro do Ministério da Saúde. Ibiporã enfrentou epidemias de dengue
em 2011, 2013, 2014, 2015 e 2016. Já em 2017 e 2018 foram registrados apenas 20
e seis casos da doença, respectivamente.
Fatores
como chuvas, continuidade do calor mesmo após o fim do verão e epidemias
confirmadas em cidades vizinhas agravaram ainda mais a situação do município. “Temos a circulação dos tipos 1 e 2 da
doença. Pessoas infectadas por subtipos diferentes em um período de seis
meses a três anos podem ter uma evolução para formas mais graves da dengue”,
alerta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Luquini.
O
governo municipal realiza ações contínuas de prevenção e combate à dengue, as
quais estão sendo intensificadas devido ao tradicional aumento de casos nesta
época do ano. “Realizamos ciclos de tratamento e remoção dos criadouros em 100%
do território, os agentes de endemias têm trabalhado aos sábados para
recuperação das casas vazias durante a semana, fazemos bloqueio de casos,
mutirão de limpeza, limpeza de fundos de vale trabalhos educativos em escolas,
empresas e igrejas”, pontua o coordenador de endemias, Aldemar Galassi.
Outra
iniciativa é a capacitação constante dos profissionais de saúde para melhor
notificação, diagnóstico e tratamento da doença. Na última quinta-feira (18)
uma reunião técnica foi realizada no Auditório do Samae, e contou
com 60 profissionais de saúde de Ibiporã. Médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem das UBSs, UPA e hospitais do município debateram sobre o quadro
epidemiológico atual da dengue nos municípios que compõem a 17ª Regional de Saúde, abordagens e manejo
clínico com outros profissionais da área membros da RS. Dentre os profissionais
presentes estavam, Flávio Henrique Muzzi Sant'anna, médico de epidemiologia,
Mônica Arenas, enfermeira da epidemiologia, Ana Paula Magalhães enfermeira da
Atenção Primária e Willian Nogushi, responsável pelo sistema de informação da 17ª
Regional.
Sintomas
A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que aos primeiros sintomas de dengue (febre alta, dores articulares, musculares e de cabeça, manchas avermelhadas na pele e indisposição), a pessoa se dirija à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para que o diagnóstico inicial e a notificação sejam feitos. Normalmente, os sinais de alarme ocorrem entre o terceiro e quinto dia, esse é o chamado período crítico para dengue. Tratado com hidratação e medicação sintomática corretamente, a maioria dos casos evolui para cura.
AJUDE NA LUTA CONTRA A DENGUE
Prevenir é a melhor forma de evitar a Dengue, Zika e Chikungunya. A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios, assim as medidas preventivas envolvem o nosso quintal e também os dos vizinhos.
É simples e rápido combater o Aedes aegypti, siga essas dicas:
Garrafas
PET e de vidro: As garrafas devem ser embaladas e descartadas
corretamente na lixeira, em local coberto ou de boca para baixo.
Lajes:
Não
deixe água acumular nas lajes. Mantenha-as sempre secas.
Ralos:
Tampe
os ralos com telas ou mantenha-os vedados, principalmente os que estão fora de
uso.
Vasos
sanitários: Deixe a tampa sempre fechada ou vede com
plástico.
Piscinas:
Mantenha
a piscina sempre limpa. Use cloro para tratar a água e o filtro periodicamente.
Coletor
de água da geladeira e ar-condicionado: Atrás da geladeira existe um
coletor de água. Lave-o uma vez por semana, assim como as bandejas do
ar-condicionado.
Calhas:
Limpe
e nivele. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais que possam impedir a
passagem da água.
Cacos
de vidros nos muros: Vede com cimento ou quebre todos os cacos que
possam acumular água.
Baldes
e vasos de plantas vazios: Guarde-os em local coberto, com a boca
para baixo.
Plantas
que acumulam água: Evite ter bromélias e outras plantas que
acumulam água, ou retire semanalmente a água das folhas.
Suporte
de garrafão de água mineral: Lave-o sempre quando fizer a
troca. Mantenha vedado quando não estiver em uso.
Falhas
nos rebocos: Conserte e nivele toda imperfeição em pisos e
locais que possam acumular água.
Caixas
de água, cisternas e poços: Mantenha-os fechados e
vedados. Tampe com tela aqueles que não têm tampa própria.
Tonéis
e depósitos de água: Mantenha-os vedados. Os que não têm tampa
devem ser escovados e cobertos com tela.
Objetos
que acumulam água: Coloque num saco plástico, feche bem e jogue
corretamente no lixo.
Vasilhas
para animais: Os potes com água para animais devem ser
muito bem lavados com água corrente e sabão no mínimo duas vezes por semana.
Pratinhos
de vasos de plantas: Mantenha-os limpos e coloque areia até a
borda.
Objetos
d’água decorativos: Mantenha-os sempre limpos com água tratada
com cloro ou encha-os com areia. Crie peixes, pois eles se alimentam das larvas
do mosquito.
Lixo,
entulho e pneus velhos: Entulho e lixo devem ser descartados
corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou faça furos para não acumular
água.
Lixeira
dentro e fora de casa: Mantenha a lixeira tampada e protegida
da chuva. Feche bem o saco plástico.