A
Secretaria Municipal de Saúde solicita aos pais ou responsáveis por crianças
menores de cinco anos que receberam apenas uma dose da vacina contra a febre
amarela que compareçam a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para que elas sejam
imunizadas com uma dose de reforço. Até o final do ano passado a recomendação
do Ministério da Saúde era de apenas uma dose para crianças de nove meses
de vida a adultos até 59 anos. “A mudança no calendário vacinal com
a dose extra aos 4 anos ocorreu este ano. De acordo com o Ministério
da Saúde, a decisão ocorreu porque estudos científicos recentes
demonstraram uma diminuição na resposta imunológica da criança que é vacinada
muito cedo, aos nove meses, como previa o Calendário Nacional de Vacinação”,
explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Luquini.
Vanessa
orienta que crianças acima de cinco anos, em sua maioria, já receberam duas
doses da vacina, mas caso tenham recebido apenas uma, antes de completarem
cinco anos, também devem receber uma nova dose.
Para
gestantes, mulheres que amamentam, crianças até nove meses de idade, adultos
maiores de 60 anos, pessoas com alergia grave a ovo ou imunodeprimidos, a
recomendação é que só sejam vacinados com a avaliação de um profissional de
saúde. A vacina contra a febre amarela está disponível gratuitamente em todas
as UBSs. Para se imunizar, basta levar um documento de identidade e cartão
de vacinação. Quem perdeu o comprovante ou o sistema da UBS não conseguir
recuperar o histórico de vacinação pode se imunizar para garantir a proteção
contra a doença.
O
alerta principal é para pessoas que residem em áreas de matas e rios ou que
fazem atividades como trilhas, pesca e acampamentos. Quem for visitar esses
locais deve procurar a unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem.
Esse é o tempo necessário para garantir a devida imunização contra a
doença.
A
vacinação contra a febre amarela impede a doação de sangue por um período de
quatro semanas. As pessoas devem realizar a doação de sangue antes da
vacinação para manutenção dos estoques de hemocomponentes.
15 casos em investigação no Paraná
O
boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (22) pela Secretaria de
Estado da Saúde confirma sete novos casos de epizootias no Paraná, somando 40
casos confirmados de morte de macacos com febre amarela, enquanto outros 104
seguem em investigação. No último informe de febre amarela, em 14 de janeiro,
eram 33.
As
epizootias estão distribuídas em 18 municípios de sete regionais de saúde. As
novas confirmações foram em: Quatro Barras (1), Rio Negro (1), Mallet (1),
Antônio Olinto (1) São Mateus do sul (1) e Cândido de Abreu (2). Os municípios
de Balsa Nova (1), Mandirituba (1), Castro (11), Ipiranga (2), Palmeira (1),
Piraí do Sul (2), Ponta Grossa (8), São João do Triunfo (1), Imbituva (1),
Teixeira Soares (2), Prudentópolis (1) e Sapopema (2) já tinham casos
confirmados.
O
boletim não registra casos de febre amarela em humanos. O Paraná segue em
alerta com 15 casos em investigação. O período epidemiológico começou a ser
monitorado em julho de 2019 e, desde então, a Secretaria de Estado da Saúde vem
fazendo um trabalho efetivo e intensificado de bloqueio sanitário.
No
período anterior, julho de 2018 e junho de 2019, foram confirmados 17 casos da
doença e um óbito.
A
Secretaria Municipal de Saúde reforça que, caso alguém encontre um macaco
morto, comunique a Vigilância Sanitária (3178-0301) para que os técnicos
iniciem a investigação da causa da morte. “A febre amarela é uma doença grave,
transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A única
forma de se proteger é através da vacinação. Os macacos não transmitem a
doença, mas a morte deles pode indicar a presença do vírus”, conclui Vanessa.