Saúde

 

Publicado em: 23/01/2020 18:13 | Fonte/Agência: Caroline Vicentini - Núcleo de Comunicação Social – PMI. Com informações da AEN

Crianças menores de 5 anos precisam de dose de reforço contra a febre amarela


Whatsapp

 

Crianças menores de 5 anos precisam de dose de reforço contra a febre amarela Vacina está disponível em todas as UBSs para pessoas entre 9 meses e 59 anos

 

A Secretaria Municipal de Saúde solicita aos pais ou responsáveis por crianças menores de cinco anos que receberam apenas uma dose da vacina contra a febre amarela que compareçam a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para que elas sejam imunizadas com uma dose de reforço. Até o final do ano passado a recomendação do Ministério da Saúde era de apenas uma dose para crianças de nove meses de vida a adultos até 59 anos.  “A mudança no calendário vacinal com a dose extra aos 4 anos ocorreu este ano. De acordo com o Ministério da Saúde, a decisão ocorreu porque estudos científicos recentes demonstraram uma diminuição na resposta imunológica da criança que é vacinada muito cedo, aos nove meses, como previa o Calendário Nacional de Vacinação”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Luquini.


Vanessa orienta que crianças acima de cinco anos, em sua maioria, já receberam duas doses da vacina, mas caso tenham recebido apenas uma, antes de completarem cinco anos, também devem receber uma nova dose. 


Para gestantes, mulheres que amamentam, crianças até nove meses de idade, adultos maiores de 60 anos, pessoas com alergia grave a ovo ou imunodeprimidos, a recomendação é que só sejam vacinados com a avaliação de um profissional de saúde. A vacina contra a febre amarela está disponível gratuitamente em todas as UBSs. Para se imunizar, basta levar um documento de identidade e cartão de vacinação. Quem perdeu o comprovante ou o sistema da UBS não conseguir recuperar o histórico de vacinação pode se imunizar para garantir a proteção contra a doença.


O alerta principal é para pessoas que residem em áreas de matas e rios ou que fazem atividades como trilhas, pesca e acampamentos. Quem for visitar esses locais deve procurar a unidade de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem. Esse é o tempo necessário para garantir a devida imunização contra a doença. 

 

A vacinação contra a febre amarela impede a doação de sangue por um período de quatro semanas.  As pessoas devem realizar a doação de sangue antes da vacinação para manutenção dos estoques de hemocomponentes.

 

15 casos em investigação no Paraná

 

O boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (22) pela Secretaria de Estado da Saúde confirma sete novos casos de epizootias no Paraná, somando 40 casos confirmados de morte de macacos com febre amarela, enquanto outros 104 seguem em investigação. No último informe de febre amarela, em 14 de janeiro, eram 33.


As epizootias estão distribuídas em 18 municípios de sete regionais de saúde. As novas confirmações foram em: Quatro Barras (1), Rio Negro (1), Mallet (1), Antônio Olinto (1) São Mateus do sul (1) e Cândido de Abreu (2). Os municípios de Balsa Nova (1), Mandirituba (1), Castro (11), Ipiranga (2), Palmeira (1), Piraí do Sul (2), Ponta Grossa (8), São João do Triunfo (1), Imbituva (1), Teixeira Soares (2), Prudentópolis (1) e Sapopema (2) já tinham casos confirmados.


O boletim não registra casos de febre amarela em humanos. O Paraná segue em alerta com 15 casos em investigação. O período epidemiológico começou a ser monitorado em julho de 2019 e, desde então, a Secretaria de Estado da Saúde vem fazendo um trabalho efetivo e intensificado de bloqueio sanitário.


No período anterior, julho de 2018 e junho de 2019, foram confirmados 17 casos da doença e um óbito.


A Secretaria Municipal de Saúde reforça que, caso alguém encontre um macaco morto, comunique a Vigilância Sanitária (3178-0301) para que os técnicos iniciem a investigação da causa da morte. “A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas silvestres e próximas de matas. A única forma de se proteger é através da vacinação. Os macacos não transmitem a doença, mas a morte deles pode indicar a presença do vírus”, conclui Vanessa.