Ibiporã enfrenta uma situação de atenção no que diz respeito à dengue, com um aumento considerável nos casos notificados até o momento. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, o município registrou 795 casos notificados e 46 casos positivos de dengue desde o início do ano epidemiológico, em 28 de julho de 2024. O ano epidemiológico da dengue vai de julho a julho, sendo que o atual corresponde ao período 2024-2025.
No ano epidemiológico 2023-2024 até o dia 24/01/2024 haviam sido notificados 821 casos, sendo que apenas 15 foram confirmados como positivos. Esta diferença de número de casos positivos, que quase triplicou em relação ao ano passado, tem gerado preocupação. No entanto, a quantidade de casos positivos, apesar do crescimento, não tem mostrado uma curva ascendente abrupta como ocorreu em 2024, sendo acompanhada de forma atenta e vigilante pelas autoridades de saúde.
Em 2025, o Brasil já registrou oito mortes por dengue e duas por chikungunya, doenças ambas transmitidas pelo Aedes aegypti. Além disso, há 89 mortes ainda em investigação e mais de 87 mil casos prováveis de dengue registrados no país. Estados como Acre, São Paulo e Espírito Santo têm a maior incidência de casos, sendo São Paulo o estado com o maior número de mortes confirmadas. Esses dados nacionais reforçam a necessidade de atenção redobrada no combate ao mosquito transmissor da dengue.
No contexto de Ibiporã, as regiões com maior incidência de casos positivos neste ano são: o Posto de Saúde do San Rafael, com 14 casos; o Posto Central, também com 14 casos; além de 4 casos cada nas regiões do John Kennedy e do Bom Pastor. Esses números indicam que o problema está disseminado por toda a cidade, embora de forma mais concentrada em algumas áreas. Nos últimos meses, a Secretaria de Saúde tem adotado diversas medidas para conter a propagação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
O trabalho realizado pelo setor de endemias tem sido intensificado, com vistorias e bloqueios feitos nos bairros com casos notificados. O objetivo é controlar a proliferação do mosquito, principalmente nas regiões com alta incidência de notificações. Em algumas localidades, como a Vila Romana e no Jd. Santa Paula, equipes realizaram a aplicação de inseticidas (fumacê) e ações de remoção manual de focos de mosquito.
Apesar de o município ainda não ter atingido a fase de alerta, conforme os parâmetros da Regional de Saúde é essencial que a população continue atenta e colabore com as ações de combate. A vigilância e a remoção dos criadouros de mosquitos são fundamentais para evitar a propagação da doença. As autoridades de saúde de Ibiporã seguem monitorando a situação e pedem à comunidade que não descuide da prevenção, reforçando a importância de eliminar possíveis focos de água parada.
AÇÕES DE COMBATE – FAÇA A SUA PARTE!
Além das ações de combate realizadas pelas equipes de saúde, é fundamental que a população de Ibiporã redobre os cuidados nesse período de chuvas, que é propício para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
A orientação é que os moradores façam uma revisão detalhada de seus imóveis, com especial atenção aos utensílios que podem acumular água, como garrafas, pneus, vasilhas e objetos descartados no quintal. Manter os quintais limpos, realizar a manutenção de calhas e ralos e permitir a entrada dos agentes de endemias nas residências para vistorias são medidas essenciais para o controle da doença.
Os agentes de endemias têm um olhar treinado e conseguem identificar focos que muitas vezes passam despercebidos pelos moradores. Outro ponto importante é a vacinação: a vacina contra a dengue está disponível em todos os postos de saúde para crianças de 10 a 14 anos, sendo uma ferramenta importantíssima de prevenção. A colaboração de todos é essencial para reduzir a propagação da doença e proteger a comunidade.