Educação

 

Publicado em: 24/10/2011 10:17

Ibiporã usa tecnologia e estimula Geração Z


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Ibiporã usa tecnologia e estimula Geração Z Ibiporã usa tecnologia e estimula Geração Z

 

 

 

Além de conteúdo prático, com as lousas digitais alunos aprendem através de jogos

 Ibiporã, cidade da Região Metropolitana de Londrina, juntamente com a litorânea Matinhos, são pioneiras no Paraná no uso de quadros interativos nas escolas municipais. Desde 2010, o governo ibiporaense distribuiu 40 lousas digitais nas 13 escolas da cidade, nas salas de 3ª e 4ª série, beneficiando cerca de 1.400 estudantes.

 Conscientes que as crianças atuais, chamadas de Geração Z, nasceram em um mundo mais tecnológico, o governo busca dinamizar o ensino adequando a educação à informática. As modernas lousas, que substituem os quadros negros, permitem que os professores enriqueçam os conteúdos ministrados em sala. É possível acessar aplicativos e a internet, acrescentando assim ainda mais os temas trazidos nas apostilas e livros.

 Jéssica Coutinho, aluna da 4ª série da Escola Municipal Professora Ivanildes Gonçalves Nalim, conta que ela e os demais alunos aprovam o novo suporte na escola. "A lousa é bem legal porque é interativa. Ela diverte as crianças e tem um conteúdo mais eletrônico", opina a estudante.

 A coordenadora da escola, Vivian da Costa, comenta que a nova ferramenta escolar é mais atrativa para os alunos e facilita o trabalho do professor. "Com a lousa, os professores conseguem chamar mais a atenção do aluno. Eles ficam impressionados, querem participar, usar a caneta digital e resolver atividades no quadro", exemplifica a coordenadora.

 MANUSEIO E FORMAÇÃO

 Professores da rede municipal de ensino público de Ibiporã recebem treinamento para manusear as lousas. O conteúdo das aulas é preparado por eles e adaptados ao suporte. A assessora da Secretaria Municipal de Educação da cidade Cilene Lima explica que a prefeitura conta com uma empresa para instruir o manejo dos suportes técnicos. "Semanalmente os professores passam pelo curso. Os tutores ensinam a usar a lousa e indicam ferramentas que enriquecem as aulas."

 A presidente da União dos Dirigentes Municipais de Educação do Paraná (Undime-PR), Cláudia da Cruz, destaca que os quadros interativos são instrumentos de valia, porém é necessário que os municípios busquem ampliar o conhecimento dos educadores. "É preciso mais discussões teóricas, investir na formação dos professores, pois eles são a ferramenta fundamental na formação escolar. A tecnologia é um instrumento de aprendizagem importante se aliada a outras questões", acrescenta Claudia. 

 QUADRO NEGRO

 Mesmo com a implantação das lousas interativas, o quadro negro tradicional não foi descartado. Os educadores estão inserindo aos poucos o uso da tecnologia, mas ainda há atividades feitas com o método tradicional, com giz e quadro.

 A professora de Jéssica Márcia Rocco Sabino afirma que prefere utilizar o quadro tradicional para ministrar os conteúdos e a lousa tecnológica para complementar as aulas. "Os alunos acompanham melhor quando o texto é passado no quadro. Gosto de usar a lousa para mostrar exemplos", revela Maria Sabino.

 INFORMATIZAÇÃO

 Ibiporã que estender a implantação dos quadros interativos. Cilene Lima informa que as lousas digitais foram um investimento grande no município e que vem mostrando bons resultados. "No próximo ano, os 2º anos de toda a rede municipal também terão as lousas digitais", anuncia Cilene Lima.

 Outras cidades paranaenses, como Matinhos e Tibagi, também implantaram os quadros tecnológicos em suas escolas municipais. Foz do Iguaçu receberá 70 lousas do Ministério da Educação até o início do ano letivo de 2012, atingindo toda a rede municipal de educação.

 

(Publicado no Jornal Comtexto, da Unopar/Londrina, dia 15/10/2011)

  

MEC anuncia distribuição de tablets na rede pública  

Em vez de grande quantidade de livros, cadernos e lápis, um computador portátil de menos de 1 kg, o tablet, tende a fazer parte do ambiente escolar.  No primeiro dia do mês de setembro, na 15ª Bienal do Livro, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou que o governo pretende distribuir tablets às escolas públicas a partir do próximo ano. Haddad ressaltou que, só no último período, o MEC investiu R$ 70 milhões em conteúdo digital.

 

O tablet é um computador em forma de prancheta, sem teclado e com tela sensível ao toque. É possível acessar a internet, vídeos, fotos e músicas. Outra funcionalidade dos tablets são os aplicativos. É possível acessar notícias e redes sociais, entre outras tarefas.

 

Existem também os programas auxiliadores ao ensino, como os que ajudam a aprender química e biologia. Foram esses aplicativos que incentivaram a adoção dos tablets pelas escolas.

 

Na Europa e Estados Unidos existem escolas e universidades que disponibilizam seus materiais em livros eletrônicos e tablets. Desde 2010 a Faculdade de Medicina da Universidade de Standford e o Instituto de Tecnologia de Illinois, nos EUA, adotaram iPads para os alunos matriculados. Essa inovação já chegou a diversas escolas e faculdades privadas do Brasil e, segundo o MEC, em 2012 fará parte também da rede pública de ensino. (REPORTAGEM: CLÁUDIA ALENKIRE. EDIÇÃO: SUELEN DOMINGOS)

 

Novas gerações indicam importância da tecnologia  

A escola existe 350 anos antes de Cristo. A Grécia antiga já indicava um modelo onde crianças eram educadas sem a separação de faixa etária. Porém, a escola multidisciplinar que existe hoje, com as matérias básicas - matemática, ciências, história e geografia - só surgiu entre os séculos 19 e 20.

 

O ensino escolar não deixou de evoluir, pelo contrário, acompanha a transformação histórica social. Estudiosos analisam as chamadas gerações X, Y e Z e seu comportamento dentro da sociedade e da comunidade educacional. 

 

A Geração X é constituída por indivíduos que nasceram entre 1960 e 1980. Estes primam pela qualidade de vida e segurança financeira; buscam mais liberdade nas relações e no trabalho. As tecnologias comunicacionais do período permitiram que tentassem equilibrar o trabalho com a vida pessoal. No campo educacional, são leitores assíduos.

 

Os nascidos entre 1980 e 1990, definidos como Geração Y, são os "nativos digitais". Com intimidade com as tecnologias, mais desenvoltura e energia, conseguem desempenhar várias atividades ao mesmo tempo. No mercado de trabalho os Y mudam de emprego com mais facilidade quando não estão satisfeitos.

 

Os indivíduos desta geração são mais conservadores no campo social e preocupados com o meio ambiente e causas sociais. No ensino, os nativos Y têm focos múltiplos de atenção e são resistentes a memorizações mecânicas; não conseguem aprender apenas ouvindo ou anotando. Os conteúdos apresentados devem ser estimulantes, interessantes e desafiantes.

 

A Geração Z - nascidos entre 1990 e 2009 - apresenta perfil mais ligado à interatividade. A Quest Inteligência de Mercad divulgou estudo indicando que praticamente 100% destes indivíduos fazem parte de redes sociais e 75% usam aparelhos celulares.

 

Os resultados da pesquisa mostram também que os jovens da "Geração Z" lêem menos impressos, 14% preferem jornais e 23% revistas. Isso revela que a busca pela informação destes foi substituída pelos meios digitais. 

 

Como os Y, a geração Z consegue desempenhar múltiplas tarefas e precisa de interdisciplinaridade no aprendizado. A busca pela informação não é o principal deste grupo, que procura selecionar as informações que chegam, já que são "bombardeados" por conteúdos. No ambiente escolar, dispersam rapidamente suas atenções quando o conteúdo não é ministrado de forma dinâmica.

 

Os dados atentam que, como já nasceram em meio às tecnologias, a Geração Z precisa ainda mais de uma educação digital. Que a facilidade de aprendizado e questionamento, características da Z, necessitam ser estimuladas. As escolas devem se adequar a esses novos perfis e se preparar para as novas gerações que virão. (REPORTAGEM: CLÁUDIA ALENKIRE. EDIÇÃO: SUELEN DOMINGOS)

 

 

REPORTAGEM: CLÁUDIA ALENKIRE, 6º SEMESTRE MATUTINO

 

EDIÇÃO: SUELEN DOMINGOS, 6º SEMESTRE MATUTINO