A criação aconteceu durante a 1ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada no auditório da Secretaria de Educação.
   Dos 36 membros (18 titulares e 18 suplentes), metade são representantes do Poder Público e metade da sociedade civil, divididos em três grupos: os representantes das entidades que atuam com a causa em Ibiporã (APAE, Apadevi e Apasi), representantes das famílias de pessoas com deficiência, e estas próprias pessoas.
   A eleição da primeira diretoria será definida em reunião ordinária do novo conselho.
   A 1ª Conferência da Pessoa com Deficiência de Ibiporã foi muito comemorada pelos presentes, que lotaram o auditório. “Há mais de cinco anos nós sonhamos com a criação deste conselho e hoje vemos esse sonho realizado. No Paraná, 20 cidades já tinham o seu Conselho da Pessoa com Deficiência e Ibiporã, que sempre está na vanguarda nesta área, ainda não estava organizada desta forma. Agora está”, afirmou Neuza Soares de Sá, presidente da Federação das APAEs do Paraná.
   “A união de forças neste Conselho entre as entidades co-irmãs de Ibiporã (APAE, Apadevi e Apasi) e o Poder Público será fundamental para termos maior representatividade nas instâncias estadual e federal. Nossas reivindicações terão mais peso”, enfatiza a presidente da Apadevi (que atua com deficientes visuais), Aline Maria Tonin Leoni.
   A diretora da APASI (que atende com pessoas com surdez), Ivete Pereira Semprebom, defende que o Conselho lute para que as pessoas com algum tipo de deficiência tenham igualdade de oportunidades e sejam tratadas com mais respeito pela sociedade. “O surdo, por exemplo, só é diferente. Se conseguir desenvolver adequadamente o seu cognitivo, recebendo uma boa formação, como a que é oferecida em Ibiporã, ele tem condições de fazer quase tudo o que um ouvinte faz”, afirma.
   A secretária municipal de Assistência Social, Ana Cláudia Martins, ressaltou a importância da participação do Poder Público neste processo, mas elogiou o trabalho desempenhado pelas três entidades ligadas à causa. “Em Ibiporã sentimos que a organização parte das entidades, ela surge das forças municipais, não é algo que vem de cima”, observou a secretária, lembrando que o Conselho “é a instância máxima de organização política de uma cidade” em relação a determinada questão.
   Após os discursos de abertura, foi lido o regimento da conferência e depois apresentados os serviços da rede de atendimento à pessoa com deficiência em Ibiporã.
   Em seguida, a promotora de justiça Dra. Amarílis Picarelli Cordioli falou sobre o papel do Ministério Público na defesa dos direitos dessa parcela da população. “O Ministério Público tem a função constitucional de defender os direitos da pessoa com deficiência. E a mola que impulsiona esse processo de promoção e de defesa de direitos é a cidadania. Por isso é necessário que as pessoas exerçam a cidadania e esse Conselho terá papel importante neste sentido”, afirmou.