Agricultura

 

Publicado em: 03/03/2010 11:22

Vacinação contra aftosa


Whatsapp

 

Vacinação contra aftosa Vacinação contra aftosa

   Em Ibiporã, produtores podem buscar informações de como agir na Secretaria Municipal de Agricultura 

   O Conselho Estadual da Sanidade Agropecuária (Conesa) aprovou na última segunda-feira (1º de março), por unanimidade, durante reunião extraordinária, a suspensão das campanhas de vacinação contra febre aftosa no Paraná.

   Imediatamente à aprovação, o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, encaminhou o pedido ao ministro da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, Reinhold Stephanes, para que o Estado seja reconhecido pelo Ministério da Agricultura como área livre de febre aftosa sem vacinação.

   Bianchini justificou ao ministro que esse pedido é uma decisão de governo e que o programa de sanidade agropecuária no Estado terá continuidade.

   O secretário destacou que o Paraná se sente seguro com essa tomada de decisão, em função dos investimentos significativos em infraestrutura técnica na sanidade agropecuária, que respalda a medida. Lembrou ainda que esse processo ganhou força com o envolvimento da iniciativa privada e dos criadores paranaenses.

 

EM IBIPORÃ

   O secretário municipal de Agricultura de Ibiporã, Carlos Henrique Frederico lembrou que o município também conta com um Conselho de Sanidade Agropecuária, mantido em parceria com o Sindicato Rural e que as decisões estaduais serão repassadas pela Prefeitura aos criadores locais.

   \"Essa não aplicação das vacinas vai forçar o produtor a ter mais critério na hora de transportar os animais\", afirma Carlos Henrique. Quando for transportar gado dentro do Paraná ou de um Estado para o outro, ele sempre deve requerer a GTA (Guia de Transporte Animal), que pode ser retirada na Secretaria Municipal de Agricultura, das 8 às 14 horas. \"Assim, se um dia aparecer caso de aftosa, se terá a garantia da rastreabilidade, pois se saberá de que local veio o lote de gado\", explica.

   Além da GTA para quem transporta, o comprador de gado deve exigir do pecuarista que vendeu um Atestado de Sanidade Animal, emitida por um veterinário responsável.

   Segundo Carlos Henrique, a vantagem de não vacinar mais o gado contra a aftosa será a abertura de novos mercados para países que não querem carne com resíduo de vacina. \"Porém, isso exigirá cada vez mais que o produtor seja técnico e tenha controle sobre o seu rebanho\", alertou.

 

RESPONSABILIDADE

   Para o ministro Reinhold Stephanes, esse passo aumenta a responsabilidade do Estado. Mas ressaltou que acredita no sucesso Da medida porque o Paraná fez um trabalho muito bom na área da sanidade agropecuária e o importante é que tanto o Estado como os produtores também querem alcançar essa condição de área livre de febre aftosa sem vacinação.

   O secretário nacional da Defesa e Sanidade Agropecuária, Inácio Kroetz, presente à reunião, também considera madura a opção feita pelo Paraná. \"O Estado tem capacidade e tem potencialidades. Portanto é hora de avançar\", destacou.