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Publicado em: 25/03/2010 15:47

Ibiporã buscou exemplos na Conferência de Cidades


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Ibiporã buscou exemplos na Conferência de Cidades Ibiporã buscou exemplos na Conferência de Cidades

   O prefeito José Maria e integrantes da equipe de governo participaram, de 10 a 13 de março, em Curitiba, da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI 2010), promovida pelo Sistema Fiep. O encontro recebeu mais de 80 especialistas de todo o mundo que falaram sobre a construção de realidades urbanas inovadoras, sustentáveis e humanizadas.

   A conferência foi promovida pelas prefeituras de Curitiba, Lyon (França), Bengaluru (Índia) e Austin (Estados Unidos), com apoio institucional da ONU, e debateram temas como planejamento urbano, mobilidade, gestão de políticas públicas e desenvolvimento. Participaram, além do prefeito e da vice, Sandra Moya, os secretários José de Abreu, Valdecyr de Freitas, Julio Dutra, Leilaine Rodrigues, Cláudio Buzeti, o diretor Julio Aliano e os diretores e servidores municipais Marcelo Pelisson, Valdenir Calsavara e Adriana Moya Pauletti. Confira trechos da entrevista com o prefeito sobre a participação na conferência.

 

Que pontos foram mais importantes neste evento para serem aproveitados pela Administração Municipal de Ibiporã?

José Maria - É importante ressaltar, em primeiro lugar, porque fomos com boa parte da nossa equipe. É porque precisamos uniformizar as nossas ações e dar um balanço melhor a toda a equipe a respeito do que hoje acontece no mundo, o que há de mais atual em administração pública. Em função disso, levamos vários secretários, diretores e servidores. Quando você vai para uma conferência desse porte não vai ver o seu caso específico, seja o de Ibiporã, de Cambé ou de Londrina. Mas você tem contato com uma série de experiências de cidades de vários países que resolveram os seus problemas e com isso podem dar idéias criativas para resolvermos os nossos. Além disso, nós balizamos a nossa ação com aquilo que está sendo feito em outros locais. Aquilo que acontece aqui, também acontece no Canadá, na Índia, na China, na Alemanha...

 

Cite um caso interessante relatado na conferência.

José Maria - Foi mencionado, por exemplo, o caso da cidade de Austin, no Texas (EUA), que teve que resolver o problema de seu centro comercial, que estava abandonado, deserto, quase sem moradores. Restaram na área central apenas 300 famílias, de população de 1,6 milhões de habitantes. A grande parcela da população saiu para bairros distantes. O que o prefeito fez? Revitalizou e revigorou o centro para que voltasse a ser um local produtivo e interessante. Esse exemplo não serve necessariamente para Ibiporã, mas trouxemos muitas idéias de como não podemos deixar envelhecer o nosso centro, como precisamos estar sempre atuantes para que o centro se mantenha como uma área viva, moderna e onde a população precisa estar sempre presente.

 

Quais os caminhos apontados para Ibiporã?

José Maria - Essa conferência nos confirmou que estamos trilhando um caminho correto em Ibiporã, que é o da maior valorização da educação, da modernidade e de ofertar ao processo educacional a tecnologia disponível no mercado. É o que estamos fazendo com as lousas eletrônicas. Também a questão da integração dos cidadãos à informatização e o trabalho que estamos empenhando para profissionalizar melhor os nossos jovens. A promoção de inúmeros cursos de qualificação e a conquista das Escolas do SESI e do SESI vêm para atender a essa meta traçada. Isso se refletirá futuramente em empregos de melhor nível para esses trabalhadores, uma maior qualidade de vida, renda e maior auto-estima por parte dos nossos cidadãos. Isso tudo colabora para que o cidadão possa contribuir para o crescimento da cidade, não só pagando os impostos, mas se auto-realizando e cuidando da cidade, se sentido parte integrante. Porque quando você tem uma comunidade que se sente incluída, realizada e feliz por estar produzindo, você tem uma comunidade muito melhor de se tratar, muito melhor de se relacionar. E ela responde de forma muito mais assertiva que outras comunidades. E é isso que buscamos para Ibiporã.

 

O evento discutiu como se planejar o futuro da cidade?

José Maria - Mostrou que é correto o que estamos fazendo com relação à Lei de Uso e Ocupação do Solo dentro do nosso Plano Diretor. Porque não dá para se deixar espaços especulativos na cidade. Estamos modernizando a legislação, permitindo a verticalização da cidade de forma inteligente, mas também de forma a aproveitar e maximizar esses espaços, e inclusive a estrutura já existente nele. Isso barateia o custo da cidade e faz com que os impostos não precisem ser tão representativos. E permite que a cidade possa contar com essa estrutura (equipamentos urbanos já existentes) sem ter que fazer novos investimentos.

 

Isso só é possível com planejamento...

José Maria - Sim, para isso é que existe Plano Diretor e por isso é que levamos servidores de carreira da Prefeitura para o evento, pois eles é que continuarão os processos iniciados. O processo de organização da administração pública não se pode fazer e depois vir um outro e desfazer ou desorganizar. Pois uma comunidade organizada, aquela que tem as suas estruturas tributária, administrativa, de saúde e de educação atualizadas, permite que nós possamos desenvolver melhor os projetos e permite que o recurso financeiro seja muito melhor aplicado do que aquelas que não têm essa organização. E esse processo de organização não se consegue de uma hora para outra. Só se consegue com muito esforço, muita luta e muito empenho.