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Publicado em: 12/09/2012 17:40

Paraná pede inclusão do Trem Pé-Vermelho no PAC 2


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   A Secretaria de Infraestrutura e Logística do Governo do Paraná cadastrou no Ministério das Cidades proposta técnica para atrair recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para o Trem Pé-Vermelho, que pretende interligar 13 cidades do eixo Londrina-Maringá.

   A medida busca atender à reivindicação dos municípios. Todas as 13 prefeituras envolvidas, entre elas a de Ibiporã, estão unidas no projeto. O Trem Pé-Vermelho será um trem regional de passageiros, com função de ligar o eixo Ibiporã-Paiçandu, como alternativa de transporte público para a região.

   A proposta foi homologada na modalidade "Médias Cidades" e o custo estimado do investimento, no regime de parceria público-privada, é de R$ 671,8 milhões. O valor não é alto para uma obra deste porte (apenas como comparação, três estádios que estão sendo construídos para a Copa de 2014 custarão mais de R$ 800 milhões cada).

   De acordo com estudo preliminar realizado pelo Labtrans (Laboratório de Transportes da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC), a demanda diária no trecho é de 30.658 passageiros. O órgão fez o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), contratado pelo Ministério dos Transportes.

PREFERÊNCIA

 

   Pesquisa feita pelo Labtrans, em 2011, em conjunto com as universidades estaduais de Londrina e Maringá (UEL e UEM), aponta que mais de 60% dos passageiros de ônibus e 43% dos viajantes de automóvel que transitam diariamente entre Ibiporã e Paiçandu aceitariam trocar o transporte atual pelos trilhos.
   A ferrovia terá cerca de 150 quilômetros de extensão, com aproximadamente 13,2 milhões de passageiros no primeiro ano de operação. Segundo dados do projeto, o conjunto das cidades envolvidas tem cerca de 1,75 milhão de habitantes.

   A região concentra cerca de 26% do PIB (Produto Interno Bruto) do Paraná, que foi de R$ 251 bilhões em 2011. Há mais de 44 mil empresas operando na região, sendo 8.400 indústrias e 23 complexos industriais. Há fortes clusters industriais, em áreas como a moveleira, de alimentos, têxtil e agribusiness. As empresas de tecnologia de informação também têm se destacado na região.

   Também há alta concentração de faculdades devido à necessidade de mão-de-obra qualificada nas empresas, o que ocasiona alta mobilidade de estudantes e acadêmicos de vários cursos superiores entre as cidades.

   Uma das possibilidades é que o trem a ser implantado seja o VLT (veículo leve sobre trilhos), que trafega entre 80 e 100 quilômetros por hora e viajaria em uma linha única. Além do Labtrans, estão envolvidas no projeto as 13 prefeituras da região, Agência Terra Roxa, Coordenadorias das Regiões Metropolitanas de Londrina e Maringá, Ministério dos Transportes e Governo do Estado.

 

(com informações da Agência Estadual de Notícias/ AEN - PR)