A poesia é a arte da língua humana, do gênero lírico, expressando sentimento por meio de rimas cadenciadas.
Através da poesia é possível fazer “adoração” a alguém ou a algo, embora o gênero satírico não possa ser excluído.
São três distinções: a poesia existencial retrata experiências de vida, morte, angústias, solidão, contentamento. O lirismo traz as emoções do autor, enquanto a poesia social, como o próprio nome sugere, enfoca a temática sobre questões sociais e políticas.
Para homenagear os poetas e em especial Castro Alves que nasceu no dia 14 de março de 1847, instituiu-se então nesta data o Dia Nacional da Poesia.
Castro Alves, conhecido como o “poeta dos escravos”, lutou bravamente pela abolição da escravatura. Defendia ainda o sistema republicano (eleição do presidente pelo voto direto e secreto).
Retratou a escravidão no seu 1º poema “A canção do africano” na obra “A primavera”, mas foi em “Navio Negreiro” que ficou evidente a sua indignação em relação à situação vivida pelos negros. O poeta cursou Direito na faculdade do Recife e segundo relatos era um jovem muito belo, esbelto, pele clara e dono de uma voz invejável. Por conta desta beleza era admirado pelos homens e despertava paixões nas mulheres as quais registrava em seus versos, considerados os poemas líricos mais lindos do Brasil.
Nossas reverências a Castro Alves, a todos os poetas e a todos os profissionais bibliotecários. E para você que gosta ou que ainda não experimentou o sabor da poesia eis um aperitivo:
Brota esta lágrima e cai.
Vem de mim, mas não é minha.
Percebe-se que caminha,
Sem que saiba aonde vai.
Parece angústia espremida
De meu negro coração,
- pelos meus olhos fugida
E quebrada em minha mão.
“Cantiguinha” / Cecília Meireles