No decorrer do ano de 2012, 664 servidores municipais de Ibiporã - quase 50% do quadro funcional dos 1363 efetivos - obtiveram licenças médicas que os afastaram do trabalho, em média, de quatro a vinte dias. O número foi confirmado pelo coordenador da Divisão de Gestão de Saúde Ocupacional (DGSO) da Prefeitura municipal de Ibiporã, Agnaldo Amarildo da Silva, com base nas perícias realizadas.
O número de afastamentos no período, no entanto, pode ser ainda maior, porque o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) em vigor no município permite licenças médicas de até dois dias sem a necessidade de passar pela DGSO, sendo apresentado apenas para o chefe imediato e encaminhado ao departamento de Recursos Humanos. O prazo máximo para o servidor ficar afastado é de dois anos e, a partir disso, tem que voltar ao trabalho ou se aposentar.
O coordenador reconheceu que quase 700 licenças médicas em um ano é um número alto, mas afirmou que está dentro da média do serviço público na União e nos Estados. Por outro lado, "não podemos negar que a ausência do servidor prejudica o atendimento final," observou o coordenador. As secretarias que mais apresentaram afastamento em 2012 foram Educação, Saúde e Obras, respectivamente.
Vale lembrar que essas são as maiores secretarias da Prefeitura, por isso seus números expressivos nos relatórios. Entre as funções com mais licenças, lideram o levantamento: zeladoras, professoras, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários, assistentes de obras e limpeza e educadoras infantil. Funções majoritariamente femininas, confirmando outro levantamento realizado pelo DGSO, onde as mulheres afastadas somam 489 e os homens 175 do total dos servidores, número esse já esperado, uma vez que o quadro de funcionários da Prefeitura apresenta atualmente mais de mil servidoras.
As complicações nos tecidos conjuntivos, osteomusculares, lesões de causas externas, transtornos mentais, infecciosas e parasitárias são os principais motivos de afastamento dos funcionários públicos, acarretando em doenças como artrite, artrose, bursite, ferimentos, fraturas, luxação, transtorno bipolar, esquizofrenia, gripe, dengue e tuberculose.
Se somados os dias de afastamentos dos 644 servidores em 2012, alcançaremos a significativa marca de 12 mil dias não trabalhados, seja por doenças ou por acompanhamento de parente. Em média cada servidor afastado ficou 18 dias sem trabalhar durante o ano.
Após análise dos dados apresentado apresentado pela DGSO o prefeito José Maria se mostrou atento com os números. "Temos o compromisso assumido com a família de Ibiporã em ofertar um serviço contínuo e de qualidade para o município. O cidadão sempre procura os órgãos públicos com necessidades fundamentais a sua vida e temos que garantir que o servidor estará presente para atendê-lo", expôs o chefe do executivo.
Dentro de uma visão moderna de organizações bem sucedidas, onde o trabalhador é considerado elemento principal na busca pela excelência, a Administração Municipal está implantando a Secretaria de Gestão de Pessoas, que vem desenvolver novas práticas de relacionamentos e processos de valorização do servidor municipal, o que vai incidir diretamente na diminuição das faltas e afastamentos, através da capacitação, inclusão e desenvolvimento profissional e pessoal do servidor.
"Ter uma relação diferente com o servidor, sem a visão de Recursos Humanos mais de Desenvolvimento de Pessoas, focando em cursos de aperfeiçoamentos, de valorização do trabalho e do salário. Com a nova secretaria nós vamos ter uma verdadeira política de pessoal, visando apresentar uma atenção maior e melhor, agregando qualidade de vida para o servidor público, resultando em atendimento com mais qualidade ao munícipe", defendeu o prefeito José Maria.