Assistência Social

 

Publicado em: 18/09/2013 16:33

Casamento Coletivo reunirá cerca de 100 casais


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Casamento Coletivo reunirá cerca de 100 casais Casamento Coletivo reunirá cerca de 100 casais

Cerca de 100 casais de Ibiporã e Jataizinho participarão da cerimônia do casamento coletivo no próximo dia 28 de setembro (sábado), às 17h30, no Cine Teatro Padre José Zanelli. A cerimônia ecumênica será conduzida pela juíza da vara da Família, Drª Marina Martins B. Zunin, por um padre e pastor. Marcha nupcial e decoração também estão inclusas no ritual. Este será um dos mais de 40 serviços que serão disponibilizados gratuitamente à população nos dias 28 e 29 durante o “Mutirão da Cidadania – Paraná em Ação”.

 

A iniciativa de fazer o casamento partiu da juíza, que já realizou outra cerimônia deste tipo, ano passado, na cidade de Carlopólis (PR), quando integrava a comarca de lá. “Tive uma experiência positiva neste município e verifiquei que nunca havia sido realizado um casamento coletivo em Ibiporã. Expedi uma portaria no início do ano”, explica Marina. 

 

O número de interessados em oficializar a união surpreendeu a administração municipal. “Esperávamos cerca de 40 casais. Será um grande evento dentro do Mutirão da Cidadania”, afirma a vice-prefeita Sandra Moya. “É uma forma de o Poder Judiciário, governo do estado e município preencher uma lacuna civil de muitas famílias que ainda não oficializaram a união. É uma ação importante no resgate da cidadania e direitos sociais da população", acrescenta o prefeito José Maria Ferreira.

 

Para a realização do casamento, a juíza da Vara da Família precisou entrar em contato com a Secretaria Especial de Relações Comunitárias do governo do estado do Paraná e acertar uma parceria com o governo municipal e o cartorário das cidades de Ibiporã e Jataizinho, para que os trâmites do matrimônio para os casais fossem gratuitos. Para se inscrever no casamento coletivo, o casal não poderia ter renda superior a três salários mínimos, somados os dois.

 

 “Muitas pessoas que vivem em união estável almejam casar, entretanto, alguns casais não oficializam a união por falta de verba. O custo de R$ 260 para quem ganha salário mínimo é muito alto e infelizmente a constituição não prevê a gratuidade do casamento”, afirma a juíza. “O meu objetivo em organizar o casamento coletivo é trazer a cidadania e viabilizar a cidadania e a inclusão social”, acrescenta ela.

 

Rogério Aparecido da Silva e Tatiane Ferreira de Assis, moradores de Ibiporã, estão juntos há um ano. Em decisão conjunta resolveram participar do casamento coletivo no município. “Eu achei ótima essa iniciativa. A taxa é meio “salgadinha” e, de graça, facilita muito para a população. Estou ansioso para o nosso casamento, estamos ajeitando todas as coisas pra este grande dia em nossas vidas”, comenta o noivo.

 

Também moradores da cidade, Wilson Gomes Pinho e Aparecida Fernandes da Silva oficializarão a união estável de sete anos na cerimônia coletiva. “Adorei a oportunidade. Quando soube informei ao meu companheiro e ele me disse, “tudo o que eu mais quero é me casar com você; não podemos perder uma dessa”, relata Aparecida. “Nossa Senhora! Estou muito ansiosa! Vi no site que vai que vai ter música, decoração, padre e pastor para nos dar a benção, acho que vai ser muito bonito! As expectativas são as melhores”, garante a noiva.

 

César Aparecido de Campos e Renata Aparecida Pinto têm dois filhos e são casados há 11 anos na igreja, porém, perante a justiça não oficializaram a união. O casal vai novamente dizer o sim, na celebração coletiva. “É de graça, temos que aproveitar, porque não temos condições de pagar o valor da taxa sem apertar o nosso orçamento”, revela Campos.

 

 

Além da celebração, o casamento é um resgate da cidadania, legalização das uniões estáveis, fortalecimento da família. Eu vejo o poder público cumprindo o seu papel. Espero que seja um dia de muita felicidade, da realização de um sonho na vida desses casais. Fico muito feliz em participar e ajudar na realização deste sonho”, finaliza a juíza.