Ibiporã é uma cidade que promove a qualificação profissional e investe no empreendedorismo. Desde 2009 a administração municipal proporciona a diversos cidadãos a possibilidade de ascender na vida por meio dos cursos de qualificação profissional, oferecidos gratuitamente na cidade. Um exemplo desse incentivo é Érico Toshio Degutti, que participou do primeiro curso de qualificação profissional oferecido pela prefeitura, o "Fundamentos em Eletricidade I", realizado em parceria com o SENAI -Londrina.

Degutti continuou qualificando-se e buscando cada vez mais a independência financeira. Ele participou  também  neste ano do curso Eletricista Industrial,  através da parceria com o  SENAI tendo concluído em Setembro deste ano e atualmente  é aluno do curso de Eletricista Predial Baixa Tensão, também em parceria com o SENAI-Londrina,  todos oferecidos pela administração municipal de Ibiporã. "Os professores são excelentes e o suporte é muito bom, as aulas práticas, o material acadêmico. É motivador", expõe ele.

Em junho deste ano Degutti recebeu o certificado do Curso Bom Negócio Paraná, com 66 horas aula, com Capacitação em gestão  de Negócios, Gestão Financeira; Gestão de Pessoas; Gestão Comercial e Gestão Estratégica.

Antes de começar a qualificação, Degutti trabalhava como instrutor de auto-escola. "Oportunidade pra mudar de vida as pessoas têm, porém muitas não sabem aproveitar a ocasião. A prefeitura oferece cursos bons, com a mesma qualidade dos cursos pagos em áreas que o mercado de trabalho absorve e, ainda gratuitamente, mas tem gente que infelizmente não aproveita", afirma o empreendedor.

Participando dos cursos e pensando em fazer os próprios horários, Degutti resolveu que era hora de empreender. Orientado pela Secretaria municipal do Trabalho ele contraiu um financiamento pelo Banco Social, programa de microcrédito do Governo do Estado do Paraná, e hoje aluga betoneiras, chapas e andaimes para construção civil.

"Não parei de fazer instalação elétrica. Chego à obra para levar a máquina para o cliente e já faço a instalação", explica ele. "Eu só sou patrão hoje pelo suporte que eu tive. Não tem como comparar minha vida financeira antes e hoje. Minha vida mudou muito", revela ele.

Além de ter mudado de vida, Degutti tem planos de modificar a vida de outras pessoas. "Entre 10 e 12 meses pretendo contratar alguns funcionários. É preciso desse tempo para legalizar uma microempresa" comenta.

Segundo o empreendedor, é preciso ter perspectiva de vida. "É preciso saber aonde se quer chegar, querer crescer e evoluir, mas sem pisar em ninguém. Minha vida mudou muito desde que cheguei aqui, em 2009. Sou muito grato a Ibiporã. Continuarei aproveitando todas as oportunidades oferecidas pela administração municipal e vou incentivar as pessoas a acreditarem em seu potencial e aproveitarem as oportunidades, pois elas existem", finaliza.

Adriana de Morais Schneider é outro exemplo da qualificação profissional aliada ao empreendedorismo. No ano de 2009 ela fez o curso de operador de máquina industrial, realizado pela Secretaria Municipal do Trabalho / Agência do Trabalhador,  com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). E no ano de 2011 ela complementou a formação com o curso de Modelagem Industrial Básica, curso adquirido com recursos da administração municipal, sem custo nenhum para os alunos, ministrado pelo SENAI-Londrina. Hoje Adriana participa da Capacitação realizada pela UEL através a INTES, para a formação de uma cooperativa de Costureiras sob a coordenação da Secretaria Municipal do Trabalho

Antes de fazer os cursos, Adriana atuava na área da enfermagem, entretanto, segundo ela, costurar sempre foi um desejo de infância. "Comecei sozinha e com uma máquina. Só fazia reforma, mas as pessoas têm muita pressa, querem pegar a roupa no mesmo dia. Pensando economicamente não compensa fazer reforma, não tem lucro", explica ela.

Depois de terminar o curso de modelagem e desenvolver o serviço ela resolveu empreender. "Foi a melhor coisa que eu fiz. Quando conclui o curso, resolvi abri os olhos para o futuro", esclarece ela. Com a ajuda e orientação da Secretaria Municipal do Trabalho e Agência do Trabalhador ela está à frente do negócio próprio.

Hoje Adriana trabalha com facção; costura roupas para shopping e camisa social para uma empresa na microempresa que conseguiu montar. Com cinco máquinas industriais e uma funcionária, ela faz planos de costurar também as próprias roupas. "A demanda do serviço está muito grande, mas tenho planos para o futuro", comenta. "O campo de crescimento é grande e vejo na costura um bom caminho para mim, para o futuro", finaliza a microempresária.