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Publicado em: 16/08/2010 09:56

ADEUS, BIRELO.


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ADEUS, BIRELO. ADEUS, BIRELO.

Assim era conhecido o amigo e sempre bem humorado Ermindo Birelo, muito conhecido em nossa cidade, pelo seu jeito de ser, muitas vezes vestido à gaucha, com guaiaca e revólver (de plástico) na cintura, lenço no pescoço, botas e bombacha.

Faleceu no último dia 18/07/2010. Depois de lutar por mais de dois anos contra um câncer.

Birelo se foi, mas deixou muita saudade e muitas boas lembranças, pois era figura marcante e gostava de participar de quase tudo: cantava no coral da igreja; ostentava uma farta coleção de troféus conquistados em campeonatos de truco e outros tantos de campeonatos de bocha.

No período natalino, vestia-se de Papai Noel, divertia-se em distribuir pequenos presentes às crianças. Chegou a construir a \"Casa do Papai Noel\" em sua chácara, muito visitada pelas crianças, mas acabou por desativá-la alguns anos depois.

Nos finais de semana e feriados, marcava presença no Lar Pe. Leone, onde, juntamente com seu irmão Antonio e amigos, tocava e cantava, acompanhado da sua sanfona ou violão, alegrando as tardes dos velhinhos.

Feira de domingo? Lá estava o Birelo tocando, cantando e fazendo piadas. Cheio de contar estórias, algumas inventadas por ele mesmo.

Numa ocasião, foi a Cambé participar de um torneio de bocha e, como sempre, de guaiaca e revólver na cinta... não deu outra - um policial o abordou e, suspeitando tratar-se de alguém mal intencionado, deu voz de prisão. Somente depois de muitas explicações e, após a constatação de que  a \"arma\" era de brincadeira, liberou-o, porém reteve seu revólver que, somente dias depois, foi liberado, após testemunhas comprovarem tratar-se do divertido Birelo de Ibiporã, uma figura folclórica e de muitos amigos.

Birelo gostava também de política. Aliás, era um partidário atuante. Não faltava às reuniões, desde os tempos da ditadura militar, quando filiou-se ao MDB, depois PMDB, do qual nunca se afastou. Numa ocasião, colocou seu nome como pré candidato a Prefeito, mas obteve somente seu próprio voto. Todos o estimavam, mas o queriam apenas como correligionário.

Nos desfiles cívicos ou inaugurações de obras públicas, Birelo era figura de destaque.

Outro orgulho de Birelo, eram as várias premiações que conseguira nas Feiras Agrícolas. Deixou várias medalhas, diplomas, prêmios e troféus conquistados como agricultor exemplar.

Em 2007, organizou um encontro entre os ex-alunos, \"formandos\" de 1957, do Grupo Escolar Dr. Francisco G. Beltrão, quando conseguiu reunir mais de 80% dos ex-colegas, além de vários professores, entre eles, a sua primeira professora, Lina Schuwalski.

Birelo deixou a viúva Iolanda Pereira, os filhos Rolmildo, engenheiro agrônomo; Mary Helena, secretária executiva; Antonio Carlos, comerciante e Rosemaire, secretária, todos muito orgulhosos do pai brincalhão e sempre animado, de bem com a vida.

Tenha o merecido descanso, Birelo. Deus o tenha em sua glória.

Os amigos ibiporaenses o têm em saudosa boa memória.