Saúde

 

Publicado em: 23/10/2013 12:33

Grupos de educação em saúde: aprendendo a conviver e prevenir doenças


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Grupos de educação em saúde: aprendendo a conviver e prevenir doenças Grupos de educação em saúde: aprendendo a conviver e prevenir doenças

 

A dona de casa Maria Leda de Araújo já não sente mais dores no corpo.  Isaura Garcia dos Santos está com a hipertensão e diabetes controlados. O aposentado Antonio Granville Pelisson não sente mais dores nos ombros e está mais disposto para dançar nos bailes da terceira idade em Londrina. O que estas pessoas têm em comum? Elas frequentam grupos de prevenção e promoção à saúde existentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Ibiporã.

 

Cerca de 300 pessoas participam atualmente dos grupos de educação em saúde existentes em quase todos os postos. São grupos de hipertensão e diabetes, tabagismo, alongamento, acupuntura, caminhada, escuta e reflexão e gestante ("Oficina da Vida"). "O trabalho com grupos é uma das atribuições das equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), onde as práticas educativas na atenção à saúde são atividades pedagógicas voltadas aos usuários, visando à construção do conhecimento a partir das informações e vivências trazidas por eles. A proposta é curativa e preventiva. Quem já é portador da doença, aprende a conviver com ela. Quem não tem a patologia, aprende a se prevenir dos fatores de risco com a adoção de hábitos saudáveis. No grupo de escuta, ao dividir suas dificuldades, a pessoa busca autonomia para resolução de problemas pessoais que causam sofrimento emocional. Já na Oficina da Vida, as gestantes recebem orientações sobre gestação, parto e puerpério", explica a diretora de Ações em Saúde, Leiliane Vilar.

 

O grupo com maior número de adeptos é o de hipertensão e diabetes. Na UBS do Jardim Pastor, cerca de 50 pessoas reúnem-se quinzenalmente no Centro Comunitário do Jardim Canadá para conhecer melhor sobre a sua doença e como controlá-la. Dentre as atividades realizadas estão palestras com equipe multiprofissional (médico, dentista, nutricionista, psicólogo, educador físico, fisioterapeuta), atividades físicas e testes de glicemia e verificação da pressão arterial. "O objetivo é sensibilizar os portadores quanto à importância de um novo estilo de vida saudável para o controle da hipertensão e diabetes. No grupo ele tem a oportunidade de criar vínculos com os profissionais de saúde e outros pacientes, dividir suas conquistas e dificuldades, e, assim, se fortalecer para lidar com a doença", explica a coordenadora da UBS, Josiane dos Santos Redon.

 

No Centro de Saúde Dr. Eugênio Dal Molin são quatro grupos de hiperdia. As reuniões são mensais. Os assuntos abordados pelos profissionais são definidos conforme as dúvidas trazidas pelos pacientes. A dona de casa Isaura Garcia dos Santos frequenta as reuniões há quase um ano. Hipertensa, ela viu a pressão baixar ao começar a caminhar e cortar refrigerantes e frituras, lições aprendidas nos encontros. "Deixo as atividades domésticas para vir à reunião. Sempre aprendo algo. Estou mais saudável e disposta", comenta. "É gratificante para a equipe quando os médicos elogiam os exames dos pacientes. Hipertensão e diabetes são doenças crônicas, mas, que se controladas, dá para viver bem. Estimulamos nos participantes o autocuidado, responsabilizando-os pela manutenção de sua saúde", comenta a enfermeira Amanda Oliveira Machado Piolla.

 

Outro grupo com grande número de freqüentadores é o do alongamento. Com uma hora de duração, as aulas acontecem duas vezes por semana. O professor trabalha exercícios específicos para manter e melhorar a flexibilidade do corpo e fortalecimento muscular. "Os alunos têm relatado vários benefícios advindos da prática desta atividade, tais como ganho de autonomia, força, flexibilidade, resistência muscular, diminuição das dores no corpo e facilidade na realização das tarefas diárias", pontua o educador físico Igor Adriano de Carvalho.

 

O aposentado Antonio Granville Pelisson frequenta há dois anos o grupo de caminhada do posto central. "Não sinto mais dores nos ombros e estou mais disposto. Faço caminhadas e ainda vou a Londrina três vezes por semana para dançar", revela. A dona de casa Marisa Ledo de Araújo faz alongamento cinco vezes por semana. Há cinco anos ela incorporou a atividade física à sua rotina e ganhou qualidade de vida. "Sentia muita dor nas pernas e meu colesterol estava alto. Agora não tenho mais nada. Curei todas as minhas dores sem remédio", assegura. De quebra, a aposentada fez várias amizades. "Conheci pessoas maravilhosas no grupo e já trouxe muita gente para cá também", finaliza.

 

Os interessados em participar dos grupos de prevenção e promoção à saúde devem se informar na UBS mais próxima de sua residência.

 

 

 


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