Saúde

 

Publicado em: 20/01/2014 09:13

Administração Municipal oferece tratamento em saúde mental por meio do CAPSi


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Administração Municipal oferece tratamento em saúde mental por meio do CAPSi Administração Municipal oferece tratamento em saúde mental por meio do CAPSi

 

Engana-se quem pensa que depressão, tentativa de suicídio, sofrimento psíquico graves, psicoses - fuga da realidade e delírios - sejam dificuldades enfrentadas apenas por adultos. O Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) de Ibiporã atende crianças, jovens e adolescentes com estes transtornos. Autistas também são acompanhados para o CAPSi. Atualmente são atendidos em torno de 340 usuários no local, entretanto desde que foi inaugurado, em novembro de 2005, o CAPSi municipal já atendeu quase 3000 pacientes.

 

Para ser atendido pela equipe multidisciplinar do CAPSi não é necessário apresentar um pedido médico, a demanda pode ser espontânea, todos sabem que "Em algum momentos da vida a pessoa se desestabiliza, pode ser por perder alguém querido, por questões sociais, falta de estrutura familiar, são diversos os aspectos que influenciam essa condição. A visão do CAPSi é multidisciplinar com o foco no paciente. Procuramos assim mobilizar ações para o desenvolvimento e promover a reinserção social", explica a pedagoga Roseli Reis Ciaca.  "A equipe de profissionais do CAPSi faz uma avaliação criteriosa e é oferecido tratamento terapêutico singular, isto é,  considerar a individualidade, o respeito a subjetividade de cada um.

 

Para que o tratamento seja iniciado, toda a equipe de profissionais do CAPSi se reúne e é feito a discussão de casos para juntos, numa visão ampliada e multiprofissional definir a direção do tratamento . "Todo o tratamento é feito pelos profissionais através de um projeto terapêutico e sempre com a colaboração da rede", afirma Roseli.

 

Os usuários atendidos pelos CAPSi são acompanhados, pela assistente social, enfermeira, psicóloga, médico pediatra especialista em saúde mental, educadora social, pedagoga, terapeuta ocupacional, além da colaboração da rede disponibilizada pelo município, como o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), NASF, Conselho Tutelar, Ministério Publico, UBS, Cras, educação, igrejas, cultura, Ongs entre outros acrescenta ela.

 

Os usuários são acompanhados pelo CAPSi até completarem 18 anos, após este período, aqueles ainda que precisam de atendimento, são encaminhados ao CAPS Adulto.

 

No CAPSi os pacientes passam por diversas oficinas, e participam também de  grupos e observações individuais. "O tratamento não é igual para todos. Há pacientes que vêm uma vez na semana, outras três vezes, umas que vem a semana toda. Tem também aqueles que vêm só uma parte do dia, outras o dia todo. O trabalho realizado com cada paciente é único, individualizado, específico para ele", esclarece a pedagoga.

 

"Procuramos trabalhar de diversas formas, de tudo um pouco, proporcionamos oficinas de artesanatos, de ballet, queremos resgatar este ano o projeto 'Quem canta seus Males Espanta'. Durante as oficinas é dado aos pacientes um espaço para poder compartilhar os problemas, através das recreações lúdicas e brincadeiras as crianças expressam muito dos problemas enfrentados. Nós [os profissionais] conseguimos olhar e observar bastante através desses momentos" revela Roseli.

 

Com os adolescentes, os jogos são muito importantes e uma ferramenta de grande utilidade para trabalhar a tolerância, frustração, regras e outros. É fundamental utilizar-se do lúdico para trabalhar coisas importantes da vida e de uma forma  prazerosa, afirma a pedagoga.

 

"Temos o projeto Escola de Pais, onde é trabalhado diversos temas inclusive a importância de valorizar a criança em suas potencialidades, acrescenta ela.

 

De acordo com a assistente social, Rúbia Maria Batista, além deste projeto os pais podem participar também de diversas oficinas direcionadas ao cuidado de seus filhos. "Nosso trabalho não se resume na estrutura física do CAPSI, fazemos visitas nas casas, nas escolas, na comunidade onde as crianças estão inseridas. É um trabalho que envolve o todo", afirma a assistente social.

 

"Falta de estrutura familiar e cuidados básicos influenciam no estado da criança, por isso é necessário trabalhar com a família", acrescenta Rúbia.

 

Segundo a pedagoga, Roseli Reis Ciaca a estrutura que o CAPSi oferece é fundamental, e de grande importância para que essas crianças tenham um espaço para falar de si e de seus problemas. "O progresso e a melhora é gradativa, aos poucos e é muito gratificante".

 

"Quando os vemos reinseridos na sociedade, sem problemas com a escola,com os pais, é uma sensação de dever cumprido. É muito prazeroso!" finaliza a assistente social, Rúbia Maria Batista.

 

O CASPSi atende gratuitamente, de segunda a sexta-feira, das 08 às 18h, com exceção da terça-feira que o atendimento é realizado até às 19h.

 

CAPSi  - Serviço:

Endereço: Getúlio Vargas nº 670 - Centro.

Horário: segunda a sexta das 08 às 18h ( exceção da terça-feira, das 08 às 19h)

Fone: 3178-0341

 

 

 


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