Saúde

 

Publicado em: 22/01/2014 14:58

Verão aumenta incidência de animais peçonhentos


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Verão aumenta incidência de animais peçonhentos Verão aumenta incidência de animais peçonhentos

 

A chegada do verão também é convidativa para a proliferação de animais peçonhentos, como aranhas, serpentes, escorpiões e abelhas. Desequilíbrio ecológico, chuvas que desalojam os animais entocados e período reprodutivo são algumas das causas para o aumento destes bichos nesta época do ano. Segundo levantamento do Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, em 2013 foram notificados 21 casos de acidentes envolvendo animais peçonhentos.

 

Segundo a farmacêutica da Vigilância Sanitária, Denise Sanches Romero Menezes, cerca de 30 animais foram recebidos pelo órgão no ano passado e encaminhados à 17ª Regional de Saúde para análise; a maioria escorpiões da  espécie T.bahienses (marrom), menos perigosos que os da espécie T.serrulatus (amarelo).  "Estes animais procuram por locais que possuam mato alto, acúmulo de lixo, frestas, pedras, troncos, entulhos, telhas, tijolos. Por isso é importante manter a casa sempre limpa, evitando acúmulo de lixo e materiais de construção. No período chuvoso, evitar contato com lama e água de enxurrada, e sempre utilizar botas e luvas", orienta Denise.

 

Acidentes

 

Em caso de acidentes, a pessoa deve ser encaminhada o mais rápido possível para o hospital que tenha soro antipeçonhentos. Durante o socorro, ela deve se mover o mínimo possível. O membro atingido deve ser colocado numa posição mais elevada em relação ao corpo, e o local da picada lavado apenas com água e sabão. Quanto à ferroada de escorpião, a primeira medida que deve ser adotada é a de colocar compressas de água morna sobre a ferida, até a chegada ao serviço de saúde mais próximo. Em caso de picadas de aranhas e queimaduras de taturanas é importante não mexer no ferimento e procurar atendimento médico imediatamente.

 

Em casos de acidentes por águas-vivas e caravelas, deve ser aplicada compressa de água gelada do mar (não utilizar água doce), e evitar esfregar a área acometida, ou aplicação de vinagre. Nunca colocar outras substâncias como urina, cachaça, borra de café, em nenhum tipo de acidente por animal peçonhento, pois esta prática pode ocasionar complicações como infecção. Se possível, levar o animal que tenha dado o bote, para que o atendimento adequado seja oferecido ainda mais rápido.

 

Caramujo africano

 

Os dias mais quentes e chuvosos também são propícios à proliferação do caramujo africano. Segundo o supervisor geral de endemias, Diomar Carvalho, até o momento não foram encontrados muitos focos do molusco em Ibiporã. Contudo, a população deve estar atenta ao controle do caramujo, visto que a espécie é capaz de transmitir um verme nematoide ao homem, que parasita o sistema nervoso central com extrema gravidade. 

 

De acordo com Carvalho, a transmissão do verme ocorre através do consumo de alimentos contaminados pelo muco que o caramujo deixa à medida que se move, ou pela ingestão direta do molusco. "Como se alimentam de plantas, é fundamental lavar e desinfetar bem verduras e hortaliças, deixando-as de molho por 15 minutos a meia hora, em aproximadamente uma colher de água sanitária para 1 litro de água", orienta. Outras medidas de prevenção são não ingerir o molusco, em hipótese alguma, e manter limpos os quintais das casas, retirando todo entulho e o mato, pois servem de abrigo para os caramujos.


Caso encontre os caramujos, recomenda-se recolhê-los com uma luva ou sacos plásticos e entrar em contato com o Setor de Endemias (3178 0307), para que uma equipe faça o recolhimento e os leve para incineração. Outra sugestão é colocá-los dentro de um saco plástico com cal virgem ou sal, que desidrata, e faz com que o caramujo morra rapidamente. O resíduo pode ser ensacado e descartado junto com o lixo (rejeito), mas é preciso quebrar as conchas para que elas não acumulem água e não se transformem em focos de mosquitos, como o Aedes Aegypti, vetor do vírus da dengue.


Em caso de terrenos baldios, os moradores locais podem comunicar a Prefeitura Municipal, que tentará entrar em contato com o proprietário e  providenciar a limpeza do espaço.

 

 

 

 

 

 


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