Após meses sendo restaurada, depois de ter voltado da UEL, a escultura do Cristo Libertador, de 4,5 metros de altura, será enfim fixada em Ibiporã, em frente ao Auditório Pioneiros, no complexo da antiga Estação Ferroviária (Centro Socioeducativo, Turístico e Cultural).

A entrega à comunidade será no próximo dia 25 de abril, quando será exibido um filme e será entregue um material impresso, produzidos pela equipe da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, explicando a história da obra de arte, que foi incompreendida e rejeitada em alguns lugares por onde passou.

Feita em aço e latão pelo artista plástico de Ibiporã, Henrique de Aragão, a obra se tornou famosa pela polêmica que gerou, por se tratar de um Cristo nu, coberto por uma grande pomba (de 2m de envergadura), que representa o Espírito Santo, e tendo atrás um sol (de 3,6m de diâmetro), que representa Deus Pai.

Aragão, hoje com 83 anos, diz não acreditar que a obra acabou voltando para Ibiporã, onde foi esculpida na década de 70, a pedido do então bispo de Apucarana, Dom Romeu Alberti. O Cristo foi feita originalmente para compor o altar da Igreja Matriz de Colorado, na região de Maringá, e entregue em 1976.

Depois, na década de 90, ficou exposto na rotatória do CCH, na UEL, em Londrina, mas como foi retirado e estava esquecido em um barracão da universidade, a Fundação Cultural de Ibiporã e o artista decidiram pedi-lo de volta, em 2012, e o trouxeram para Ibiporã, onde precisou ser restaurado para poder ser exposto novamente. No processo restauro, o artista teve o apoio da Prefeitura Municipal e do seu assistente Ediel de Almeida.

"Agora, no dia 25 de abril, iremos fixá-lo, com um grande evento e é mais uma obra para compor o nosso Museu de Esculturas ao Ar Livre de Ibiporã, que existe desde 1989, com várias esculturas espalhadas pela cidade, a maior parte delas do Henrique", afirma o secretário municipal de Cultura e Turismo, Julio Dutra.