Saúde

 

Publicado em: 06/05/2014 13:03

Combate à dengue deve continuar mesmo com queda nas temperaturas


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Combate à dengue deve continuar mesmo com queda nas temperaturas Combate à dengue deve continuar mesmo com queda nas temperaturas

 

As recentes mortes por dengue e a situação de epidemia enfrentada por alguns municípios do norte e noroeste do Estado apontam que, mesmo com o fim do verão e a queda nas temperaturas, o número de casos da doença segue aumentando e as medidas de prevenção devem ser intensificadas.

 

Em Ibiporã, segundo o Setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, foram registrados até o dia 2 de maio 765 notificações e 150 casos positivos de dengue, todos autóctones (contraídos no próprio município). O índice de incidência da doença é de 144 casos por 100 mil habitantes, o que coloca o município em situação de alerta para a epidemia de dengue (incidência deve superar os 300% para cada grupo de 100 mil habitantes). Os bairros com maior número de casos são os Jardins San Rafael e Bom Pastor, e a Vila Esperança. "Há registros da doença durante o ano todo. O frio não é mais empecilho para a proliferação do mosquito. A única situação que impede o Aedes aegypti de se multiplicar é a seca. Por isso a importância que todos façam a sua parte e não esqueçam de eliminar a água parada, ambiente propício para a formação de criadouros do mosquito. Os ovos, que já eclodem cheios de novos mosquitos, sobrevivem por 480 dias, mais de um ano, e um mosquito infectado sobrevive entre 25 a 40 dias", explica o responsável pelo Setor de Endemias, Luiz Augusto Loredo.

 

Com ações contínuas de prevenção e combate à dengue, a Administração Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, está em alerta, e desde o início do verão, tem intensificado as ações para evitar que o município registre novamente uma epidemia da doença, como no ano passado. Nos bairros onde a situação é mais crítica, além das ações de rotina, as atividades de campo incluem panfletagem, mutirões de limpeza, arrastões para remoção manual dos focos, bloqueio da transmissão viral em residências com notificações, aplicação de inseticida com UBV costal e pesada (fumacê). "Cerca de 30 agentes de endemias estão visitando as residências, orientando sobre a importância de manter os quintais limpos, fazendo o descarte correto dos materiais recicláveis e evitando o acúmulo de água. Casas fechadas durante a semana são revisitadas aos sábados", informa o supervisor geral de Endemias, Diomar Carvalho.

 

Além disso, servidores da saúde têm passado por capacitação contínua sobre a dengue, abordando temas como classificação de risco, acolhimento e organização do fluxo de atendimento, tratamento e transmissão da doença. Desde novembro estão sendo realizadas ações educativas nas escolas, empresas, igrejas e entrega de material informativo em pontos de maior circulação de pessoas.

 

 

Apoio da população

 

De nada adianta o poder público se esforçar para combater o mosquito, se a população não exercer de fato a cidadania, cuidando do seu espaço e do entorno de sua casa. O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) realizado em Ibiporã, no período de 11 a 14 de março, apontou que quase 100% dos focos foram encontrados nas residências "Infelizmente, apenas as ações realizadas pelos agentes de endemias não são suficientes para combater a dengue. A população precisa colaborar limpando o seu quintal, fiscalizando o acúmulo de água em brinquedos, garrafas, pneus, sacos de lixo, vasos de planta, bebedouros dos animais. Ao passar o veículo do fumacê, os moradores devem abrir portas e janelas para a nebulização alcançar os mosquitos dentro das residências e empresas.

 

 

Previna-se contra a dengue

 

Mantenha seu quintal limpo e sem lixo;

 

Use repelente;

 

Não deixe o corpo exposto, use roupas que protejam braços e pernas;

 

Use inseticida dentro de casa durante o dia, principalmente atrás dos móveis e em cantos escuros;

 

Instale telas nas janelas para evitar que o mosquito entre;

 

 Mantenha as portas fechadas;

 

Lave a vasilha de água dos animais pelo menos uma vez por semana com água corrente, bucha e sabão;

 

Jogue no lixo tudo o que acumula água. Ex.: tampas de garrafas, cascas de ovos, latas, copos descartáveis, plástico de cigarro, etc;

 

Evite plantas que acumulam água, como as bromélias. Sempre coloque areia nos pratos de todos os vasos de plantas;

 

Tire folhas, galhos e tudo que possa impedir a passagem da água pelas calhas;

 

Deixe sempre a caixa d'agua fechada.

 

 

 

(Fonte: Secretaria Municipal de Saúde)

 

 

 


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