Saúde

 

Publicado em: 19/01/2016 10:57

Saiba como se prevenir e combater o caramujo africano


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Saiba como se prevenir e combater o caramujo africano Saiba como se prevenir e combater o caramujo africano

 

Ele está por toda parte. Nas árvores, muros, terrenos baldios, entulho. Forte calor e chuvas intensas, características do verão, formam o clima propício não apenas para a reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre amarela, chikungunya e zika, mas também do caramujo africano, molusco que tanto pode ser uma praga agrícola como um problema de saúde pública, visto que a espécie é capaz de transmitir um verme nematoide ao homem, que parasita o sistema nervoso central com extrema gravidade. 

 

Segundo o supervisor de endemias da Secretaria de Saúde, Diomar Carvalho, os focos do molusco são encontrados em toda a cidade, principalmente em terrenos baldios, por conta do mato alto e dos entulhos. "O caramujo africano alimenta-se do mato e depende da umidade para reproduzir", atesta Carvalho.

 

 O contato com o caramujo ou com sua secreção pode causar um tipo de paralisia física e, inclusive, cegar a pessoa que teve contato direto com este molusco. Pode, também, causar a angiostrongilíase abdominal, doença caracterizada pelo comprometimento dos órgãos abdominais, especialmente na região do intestino grosso.

 

A transmissão do verme ocorre através do consumo de alimentos contaminados pelo muco que o caramujo deixa à medida que se move, ou pela ingestão direta do molusco. "Como se alimentam de plantas, é fundamental lavar e desinfetar bem verduras e hortaliças, deixando-as de molho por 15 minutos a meia hora, em aproximadamente uma colher de água sanitária para 1 litro de água", orienta o supervisor de endemias. Outras medidas de prevenção são não ingerir o molusco, em hipótese alguma, e manter limpos os quintais das casas, retirando todo entulho e o mato, pois servem de abrigo para os caramujos.

 

 

Medidas de controle

 

 

O caramujo africano pode chegar a 200 gramas de peso, 10 cm de comprimento e 20 cm de altura. A sua concha é geralmente escura com manchas claras, alongadas e cônicas. Põe cerca de 200 ovos, que atingem a idade adulta em seis meses.

 

A Vigilância Sanitária de Ibiporã não conta com uma equipe específica para atuar nesta área, visto que todos os agentes trabalham atualmente nas ações de prevenção e combate à dengue. "Contamos com a colaboração da população. Caso encontre os caramujos, recomenda-se recolhê-los com uma luva, sacos plásticos ou pá de lixo, esmagá-los dentro do saco, colocar cal ou sal dentro do saco com os caramujos esmagados e descartar no lixo de rejeitos para posterior incineração", orienta o supervisor de Endemias. Após o manuseio, é importante lavar bem as mãos com água e sabão.

 

Em caso de terrenos baldios, os moradores podem comunicar a Secretaria de Obras (3178-8449), informando lote e quadro, que a equipe tentará entrar em contato com o proprietário e  providenciar a limpeza do espaço.

 

 

 

Medidas de prevenção

 

- Não ingerir o molusco, em hipótese alguma;

 

- Manter limpos os quintais das casas, retirando todo o entulho e o mato, pois servem de abrigo para os caramujos;

 

- Não utilizar a concha como objeto de artesanato porque pode estar contaminada. Conchas devem ser quebradas para evitar que acumulem água e se transformem em focos do Aedes aegypti.

 

- Evitar a proliferação dos ovos do caramujo na terra a ser utilizada para o cultivo de plantas em vasos

 

 

Mais informações no Setor de Endemias: 3178-0307