A Administração Municipal, por meio da Secretaria de Saúde e Obras, realiza nesta quinta-feira (10) arrastão de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus nos Jardins Terra Bonita e San Rafael, na divisa com Londrina. O objetivo é realizar a remoção de criadouros nas residências e terrenos e orientar a população sobre como evitar a proliferação do mosquito. Cerca de 80 pessoas, entre agentes comunitários e sanitários participam da ação. "Iniciaremos o terceiro ciclo de remoção dos criadouros em 100% do território e também foram intensificadas as operações de limpeza em terrenos públicos. Além disso, estamos com duas equipes com sete profissionais cada realizando bloqueio de transmissão viral em residências com notificações, aplicação de inseticida (UBV costal), sala de situação para mapear regiões críticas, ações educativas em empresas, igrejas e escolas, capacitação de servidores e teste rápido", informa a secretária de Saúde, Leilaine Furlaneto.
Além das ações contínuas de prevenção e combate à dengue, Ibiporã participa desde o início do ano das mobilizações estaduais e nacionais de combate ao Aedes, com o apoio do Exército e escolas.
Segundo o boletim com informações sobre os casos de dengue, zika e chikungunya no Paraná, divulgado nesta terça-feira (08) pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), Ibiporã e mais 11 cidades entraram em situação de epidemia de dengue, elevando o número de municípios epidêmicos para 30. Ingressam nesta relação municípios que ultrapassam a confirmação de 300 casos de dengue (desde agosto do ano passado) para cada 100 mil habitantes.
De acordo com a Sesa, o município está com uma incidência de 546,53 casos da doença para cada 100 mil habitantes. Conforme o Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, de janeiro até segunda-feira (07) Ibiporã contabilizava 967 notificações, sendo 230 confirmados, todos autóctones, ou seja contraídos no próprio município. Dois casos suspeitos de contaminação pelo zika vírus estão sendo investigados. “Já estava sinalizado pelo Setor de Epidemiologia que a circulação viral não cessou em 2015, mesmo no inverno, e pela quantidade de chuva que tivemos no início do ano infelizmente já era esperado”, lamenta a secretária.
Focos nas residências
O segundo Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) do ano, divulgado no início desta semana, aponta um índice de infestação de 4,0%, ou seja, de cada 100 imóveis visitados no período de 3 a 7 de março, 4 apresentavam focos do mosquito. Oitocentos e quarenta e dois imóveis foram inspecionados, 5% do total.
O índice é inferior ao verificado em janeiro, que indicou um LIRAa de 4,5%. Contudo, o percentual está bem acima acima do índice de infestação preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de, no máximo, 1,0%. "Novamente a grande maioria dos focos foi encontrada nos quintais das casas, em sacolas plásticas, garrafas pet, bebedouros de animais e vasos de plantas. O governo municipal tem feito a sua parte, mas se a população não colaborar, tirando pelo menos 15 minutos, uma vez por semana, para eliminação dos criadouros, o nosso trabalho se perde", alerta o supervisor geral de Endemias, Diomar Carvalho. O LIRAa é uma metodologia que ajuda a mapear os locais com altos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, alerta sobre os possíveis pontos de epidemia da dengue.
"O perigo aumentou. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a epidemia de zika vírus, suspeita de causar malformações congênitas, representa "uma emergência de saúde pública de proporções mundiais". O combate é uma tarefa coletiva. O poder público tem cumprindo o seu papel, com ações contínuas de prevenção e combate ao mosquito. Contudo, se a sociedade civil não cooperar, esta batalha não será vencida. O perigo aumentou e o cuidado deve ser intensificado", ressalta o prefeito José Maria Ferreira.
Embora registros da dengue ocorram o ano todo, é no verão que o número de casos aumenta expressivamente, devido à combinação de calor e chuva, condição ideal para a proliferação do mosquito. Os ovos geralmente são depositados em água parada e podem sobreviver por mais de um ano à espera de um clima propício para se desenvolver. O ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias.
Recomendação para as gestantes
O MOSQUITO PICA DURANTE O DIA. PROTEJA-SE!
Informe-se sobre a dengue, zika vírus e febre chikungunya no blog "Ibiporã Contra a Dengue" -www.ibiporacontradengue.blogspot.com.br