A Administração Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, reforça que as meninas de 9 a 13 anos procurem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para se vacinar gratuitamente contra o HPV. A vacina protege contra o papilomavírus humano (HPV), causador de mais de 70% dos casos de câncer de colo do útero. Atualmente, esse tipo de tumor é o terceiro mais frequente em mulheres e a quarta causa de morte feminina por câncer no Brasil.
A vacina disponível na rede pública de saúde é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos de HPV (6; 11; 16 e 18). A vacinação previne contra câncer do colo do útero, vulvar, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas ou displásicas; verrugas genitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano (HPV), contribuindo na redução da incidência e da mortalidade por esta enfermidade.
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 70% infectadas pelos tipos 16 e 18, que são de alto risco para o desenvolvimento câncer do colo do útero. Estudos apontam que 265 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 16 mil novos casos e cerca de 5,4 mil óbitos em 2016.
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica e do Programa de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Sebastiana Caetano Riechel, a estratégia de vacinar na faixa etária entre 9 a 13 anos foi definida para imunizar as garotas antes do início da vida sexual. "A vacina é segura e a forma mais eficiente de prevenção contra o HPV, principal responsável pelo câncer de colo de útero. Essa faixa etária é a mais favorável à vacinação, porque o organismo produz 10 vezes mais anticorpos contra o vírus", explica Sebastiana.
Após a primeira dose, as meninas vacinadas devem retornar à Unidade de Saúde depois de seis meses para a 2ª dose (não são mais necessárias três doses da vacina). As meninas que já tomaram a primeira dose em outros períodos também devem retornar para garantir a proteção. "Para que a imunização seja eficaz, o esquema vacinal deve estar rigorosamente em dia", ressalta a coordenadora do Programa de Imunização.
Além das adolescentes de 9 a 13 anos, o que inclui também a população indígena na mesma faixa etária, também devem receber a vacina meninas e mulheres vivendo com HIV/Aids de 9 a 26 anos. Para meninas e mulheres vivendo com HIV e aids, o esquema vacinal consiste na administração de três doses. A segunda dose deve ser administrada dois meses depois da primeira e, a terceira, seis meses após a primeira (0, 2 e 6 meses). Neste caso elas precisam apresentar prescrição médica. A vacina só é contraindicada em casos de eventos adversos em doses aplicadas anteriormente e gravidez.
Por fazer parte do calendário básico de vacinação do SUS, as doses estão disponíveis nas unidades básicas de saúde durante o ano todo. Para receber a vacinação, basta levar a carteira de vacinação e o Cartão SUS.
Prevenção
Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. Portanto, a imunização não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
Serviço
Vacinação contra o HPV (papilomavírus humano)
Público-Alvo: Meninas de 9 a 13 anos e mulheres até 26 com HIV
- 1ª Dose: imediata. 2ª Dose: seis meses após a aplicação da primeira. Meninas que já tomaram a primeira dose em outros períodos também devem retornar para garantir a proteção;
- Meninas/mulheres portadores do HIV/Aids devem manter o esquema vacinal com três doses;
- Vacinação é gratuita. Vacina está disponível durante todo o ano nas UBSs;
- Levar carteira de vacinação e Cartão SUS. No caso das portadoras de HIV obrigatória apresentação da prescrição médica