O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio por meio das 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Ibiporã, realizou, nos dias 26 e 27 de julho, duas reuniões para discutir sobre a constituição de uma rede de trabalho e articulação sobre o uso de agrotóxicos, que inclui também o município de Jataizinho. As reuniões contaram com a participação de integrantes da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), de equipes da Vigilância Sanitária, das diretorias de Meio Ambiente dos municípios de Ibiporã e Jataizinho e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea-PR).
Nos encontros, o MP expôs os trabalhos desenvolvidos para a coleta de informações e dados, e, em seguida, as entidades participantes deliberaram sobre a necessidade de implementação do trabalho local para se evitar o uso incorreto e excessivo de agrotóxicos e melhorar a fiscalização, viabilizando a comercialização de produtos seguros, mais limpos e de qualidade, além de assegurar a preservação dos atributos do meio ambiente e evitar poluição dos recursos naturais.
Foi definida como primeira ação do grupo o estudo dos dados colhidos pela rede e a concretização de Plano de Ação que delimitará a atuação em eixos, como os de diagnóstico, extensão rural e assistência técnica, fiscalização, e educação ambiental.
As instituições envolvidas já definiram as áreas prioritárias para a implementação das ações da rede. Em Ibiporã, foi escolhida a microbacia do Rio Jacutinga e, em Jataizinho, a microbacia do Rio Tigrinho, ambas cadastradas no Programa Microbacia da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).
O grupo também decidiu revitalizar, nos dois municípios, os trabalhos dos Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária, para aproximar a comunidade do trabalho desenvolvido.
O projeto que faz parte do Plano Setorial de Ação das Promotorias de Justiça vem sendo desenvolvido desde dezembro de 2015, quando foi realizado em Ibiporã o Encontro do Fórum Estadual – Agrotóxicos, no qual foram abordados os riscos ambientais e sanitários do uso excessivo de veneno e elaborada carta de intenções de trabalho, cujas manifestações foram debatidas pelas instituições nas reuniões recentes.