Saúde

 

Publicado em: 02/03/2011 11:04

Pelo fim da violência contra a mulher


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Pelo fim da violência contra a mulher Pelo fim da violência contra a mulher

   Em comemoração à Semana da Mulher, a Prefeitura de Ibiporã, através da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Força Sindical-PR / Secretaria da Mulher na Região Norte, realizará no dia 12 de março (sábado) a 2ª Caminhada pela Saúde da Mulher de Ibiporã.

   O evento chamará a atenção para algo lamentável, mas ainda recorrente nos dias atuais: a violência contra a mulher. Com o tema "Toda mulher tem direito a uma vida saudável e sem violência", a caminhada sairá às 8 horas da Praça Eugênio Sperandio, com destino ao Centro de Eventos (Rua 19 de Dezembro).

   "Vá e leve toda a família e os amigos, abrace esta causa e reforce essa campanha!", convoca a secretária municipal de Saúde, Leilaine Furlaneto Rodrigues. A Secretaria já promoveu no último sábado (26), no Cine Teatro Pe. José Zanelli, uma capacitação para os servidores poderem atender às ocorrências com mulheres agredidas em Ibiporã.

 

DADOS SÃO ALARMANTES

   "Os dados de violência contra a mulher, inclusive em Ibiporã, são alarmantes. Não podemos deixar que as mulheres sejam agredidas e que mais uma família seja destruída. Precisamos dar as mãos nesta campanha", afirma a coordenadora do evento e da Divisão de Programas de Saúde da Secretaria, Rosângela Borges dos Anjos.

   Estimativas não oficiais apontam em Ibiporã uma média de duas mulheres por dia que procuram ajuda para relatar atos de violência praticada por seus maridos ou companheiros, sendo 89% dos casos causados por alcoolismo. "Infelizmente, poucas formalizam a denúncia na delegacia", diz Rosângela Borges.

 

NO BRASIL

   Pesquisa recente, divulgada dia 21 de fevereiro pela Fundação Perseu Abramo, realizada em parceria com o Sesc, mostrou uma estatística chocante: a cada dois (2) minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente (espancadas) no Brasil.

   "A violência contra a mulher não tem cor, classe social ou religião. Ela afeta toda a sociedade, é silenciosa, pois quem sofre tem medo ou vergonha de denunciar, e muitos (família, amigos, vizinhos) não se envolvem", observa Rosângela. Ao contrário: preferem seguir os velhos ditados de "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher" ou então "um tapinha não dói".

   "Quem não conhece alguma mulher que já foi agredida e acabou ficando em silêncio? Isso precisa mudar", enfatiza Rosângela.