Moradora na Rua 1º de Maio, ela é figura já conhecida pelos atendentes, tantas são as vezes que vai ao Centro de Saúde Eugênio Dal Molin agendar consultar, pedir transporte de ambulância ou buscar medicamentos.

   Os médicos do CREMI (Centro de Referência de Especialidades Médicas), por exemplo, ela conhece pelo nome. "Temos no CREMI três cardiologistas, três ortopedistas, três oftalmologistas e até um médico que faz acupuntura. Muito poucos municípios que têm isso", relata Dona Cida.

   Ela relata que em Joaquim Távora (Norte Pioneiro), onde mora a sua sogra, "o atendimento é quase zero". "Lá a Prefeitura só tem um clínico geral, um pediatra e um obstetra. Para qualquer outra especialidade tem que mandar os pacientes para Curitiba, Londrina ou Jacarezinho. Aqui em Ibiporã nós temos esses médicos até nos postos de saúde (são oito no total)", compara Dona Cida.

   A diretora da Secretaria Municipal de Saúde, Dra. Toshiko Konagai, confirma que em Ibiporã quase todas as UBSs têm permanentemente um clínico, um pediatra e um obstetra. "Pediatra só não temos um fixo na Taquara do Reino (área rural), mas lá Dr. Luiz Oporto (clínico) atende muito bem as crianças. E se houver necessidade de algo mais especializado, temos os pediatras do Centro de Saúde à disposição para atender qualquer criança da cidade que necessite. Afinal, é uma rede de atendimento", enfatiza Dra. Toshiko.

   Dona Cida Caciatori elogia também o atendimento dos servidores nas unidades municipais. "O pessoal das equipes do PSF (Saúde da Família) e os funcionários do balcão atendem a gente com muita educação. Da mesma forma, os motoristas das ambulâncias. Como levo muito o meu marido de ambulância para Londrina, vejo o carinho com que os motoristas daqui de Ibiporã tratam os pacientes idosos e aqueles que vão para Londrina fazer hemodiálise", testemunha ela, acrescentando: "Quem passa necessidade é que sabe como o pessoal daqui (da Secretaria de Saúde) atende melhor que o das outras cidades."

   Dona Cida freqüenta os órgãos de saúde porque desde 2007 seu marido precisou de atendimento especializado. "Corro atrás, porque se a gente não consegue as consultas preventivas, pode acontecer o pior. Meu marido, por exemplo, após ser atendido por um oftalmo em setembro de 2007, foi diagnosticado que precisava de consulta de urgência com um neurologista pelo Cismepar. Mas a consulta só saiu um ano depois e nesse intervalo ele já havia tido um AVC (derrame) e um infarto, algo que poderia ter sido evitado, afinal já se sabia que o caso era grave", relembra ela.

   Seu marido sobreviveu e para ajudá-lo na recuperação, Dona Cida passou a recorrer aos vários serviços oferecidos pela rede municipal de saúde de Ibiporã, principalmente as consultas com os especialistas e a distribuição gratuita de medicamentos.