'Gagueira não tem graça. Tem tratamento' é o slogan da campanha nacional contra a discriminação de quem sofre com a disfunção
Gagueira não é psicológica, mas sim uma disfunção física, muitas vezes causada por fatores genéticos, que pode e deve ser tratada. A afirmação é da doutora na área de Fonoaudiologia Cristiane Moço Canhetti de Oliveira, que está desenvolvendo uma pesquisa com pessoas que sofrem de gagueira e esteve nesta segunda-feira (4), em Ibiporã.
Ela foi recebida pelo Setor de Fonoaudiologia da Secretaria Municipal de Saúde, por meio do qual, a Prefeitura oferece gratuitamente às pessoas atendimento de qualquer problema relacionado à fala. "Muitos não sabem, mas ainda há várias pessoas - crianças e adultos - que sofrem com a gagueira. E como diz o slogan da campanha federal: 'Gagueira não tem graça. Tem tratamento'. Nas escolas, por exemplo, essas crianças são vítimas fortes de bullying, por isso temos que ajudá-las ao máximo", afirma a fonoaudióloga da Prefeitura, Franciele Ribeiro.
A pesquisadora Cristiane Oliveira defendeu doutorado nesta área pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu e é docente do Departamento de Fonoaudiologia da Unesp de Marília. Dando prosseguimento à sua tese de doutorado, ela está fazendo uma pesquisa única no País, em parceria com o geneticista Danilo Moretti Ferreira, que visa fazer a análise molecular do DNA de pessoas que sofrem de gagueira. A meta é encontrar possíveis alterações em um cromossomo nestas pessoas.
A pesquisa identificará 100 pessoas que sofrem gagueira nas regiões de Londrina, Marília e Catanduva (SP), das quais muitas serão de Ibiporã, atendidas pelo serviço municipal de saúde. Os resultados serão conhecidos no próximo ano.
SERVIÇO - O Setor de Fonoaudiologia da Prefeitura atende gratuitamente os usuários no Centro de Saúde - fone 3178-0323.